Por iniciativa da Strawberry Dreams, que está a organizar e promover o “Carnaval da Bahia Portimão 2009”, Paxi Canto Moniz vai ter uma presença no recinto que abrigará este evento inédito em Portugal nos dias 24, 25 e 26 de Julho. Desta forma, o Carnaval da Bahia associa-se à causa Speranza colaborando com a oferta do espaço onde se processará a venda de acessórios que são transformados e finalizados por Paxi com base em peças de cerâmica feitas à mão, por pessoas da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA de Lisboa). A associação do Carnaval da Bahia à causa Speranza insere-se no conceito do projecto que tem como objectivo "buscar a satisfação capaz de fazer brotar a alegria ". Ao colaborar com esta causa nobre e solidária a organização sente que cumpre este objectivo. Vale a pena salientar que a causa Speranza na rede social Facebook foi fundada por um jovem de 26 anos portador de Trissomia 21 e já conta com mais de 3500 aderentes.
Paxi Canto Moniz acredita que as pessoas com perturbações de desenvolvimento e autismo, ao serem ajudadas, conseguem sentir a motivação necessária para terem um objectivo de vida, assim como sentirem-se úteis na sociedade em que vivem.
Com esta acção, Paxi que é também uma entusiasta do Brasil e das suas festividades será também um dos rostos deste evento. Será possível vê-la hoje juntamente com o anfitrião do Carnaval da Bahia, António Pereira Dias, no Programa “Você na TV” da TVI, a partir das 10h00, onde aproveitará a ocasião para lançar o site www.speranza.pt
quinta-feira, julho 23, 2009
Causa Speranza em Portimão
quarta-feira, julho 22, 2009
O MEU TESTEMUNHO-Paula Alves
Quando cheguei a esta unidade
Fiquei muito baralhada
Só tinha trabalhado em fábricas
Não sabia tomar conta da pequenada
Havia algo de diferente
Para mim não eram normais
Mas com o passar do tempo
Descobri o quanto são Especiais
As pessoas pensam que eles são diferentes
Sim…com alguma razão,mas…
A única diferença é que eles
Precisam é de uma Especial Atenção
Pois é, ser Autista é assim…
Penso q alguns vão ter a tal liberdade
Mas por outro lado não conseguem
Fugir a esta pobre sociedade
Sociedade que não quer Ver
Sentir , Compreender , Amar
Acham q são “deficientes e”
Que deviam de pertencer a uma “Cercivar”
Pois estão muito enganados
Eles podem conviver socialmente
Gostam de ser abraçados e acarinhados
Como muito boa gente
Aqui deixo o meu testemunho
Espero que ao lerem o meu desabafo
Tenham mais consciência e
Possam dar o primeiro passo
Eles precisam de serem amados por toda a gente…Porque ser Autista não é ser Diferente…
Obrigada aos alunos desta sala.
Eu consegui dar o tal Passo…Bjinhos para todos.
segunda-feira, julho 20, 2009
Crianças: Reabilitação tem de ser precoce
Sem apoios do Estado
Notícia Correio da Manhã…
Os pais das crianças com autismo queixam-se da falta de apoio por parte do Estado, situação que se agrava com o valor das terapias necessárias para a reabilitação e bem-estar dos seus filhos. Cada família paga entre 400 a 1000 euros mensais, de acordo com as horas de terapia comportamental, sem contar com outras despesas associadas, como medicamentos ou terapias da fala. Estima-se que há em Portugal 65 mil crianças autistas.
João Pedroso, pai de uma criança de dez anos com autismo, garante que toda a sociedade ganhava se o Estado apostasse na reabilitação destas crianças. "O Estado iria investir muito dinheiro no meu filho, mas recuperaria esse valor porque não precisava de gastá-lo no ensino especial, em auxiliares, em instituições, nas quais estas crianças são pesos mortos para a sociedade. Os nossos filhos podiam ser autónomos e nós não vivíamos nesta angústia de não saber o que lhes acontecerá. Ganhávamos todos: as crianças, os pais e a sociedade, que não tinha de pagar impostos para estes miúdos estarem institucionalizados."
Devido às dificuldades de interacção social e de comunicação destas crianças, uma intervenção precoce e adequada pode fazer a diferença em termos cognitivos e de qualidade de vida. Estudos recentes comprovam que se uma criança de quatro anos for reabilitada, pelo menos durante dois anos, pode frequentar o ensino regular em igualdade de circunstâncias com os seus pares. Caso contrário, só 3% dos doentes terão vidas independentes. "Há situações em que parecem curados", afirma João Pedroso.
"ESTAS CRIANÇAS EVOLUEM": Vanessa Ferreira, Técnica de reabilitação
Correio da Manhã – No caso do autismo, a ficção corresponde à realidade?
Vanessa Ferreira – As crianças autistas são todas diferentes. O espectro do autismo é muito grande. As crianças que conhecemos como agressivas foram, regra geral, deixadas ao abandono, sem nenhum acompanhamento, o que foi piorando com o tempo.
– Estas crianças desenvolvem capacidades especiais?
– Depende muito da criança. Há crianças de três anos que sabem mais coisas do que as ditas normais. Muitas delas têm uma grande capacidade de memorização mas não conseguem integrar o que aprendem num contexto.
– Quais os benefícios de uma intervenção precoce?
– Quando reabilitadas precocemente estas crianças evoluem ao nível comportamental, da autonomia, da auto--ajuda e da socialização.
"HÁ PAIS QUE NEGAM A DOENÇA"
Paula Jardim é mãe do Manuel, uma criança com autismo. Mesmo só tendo tomado conhecimento da doença do filho quando este tinha dois anos e meio, garante que nunca se sentiu incapaz de lidar com uma realidade que também passou a ser a sua. "Eu não me apercebi que o Manuel tinha autismo. A doença foi crescendo e, talvez por isso, não houve propriamente um choque. Fiquei triste, mas a única coisa em que pensei foi trabalhar para o ajudar."
Para Paula Jardim é impossível falar do filho sem esboçar um sorriso. O orgulho de cada conquista supera qualquer fracasso. "O que ele mais gosta é de ir a casa dos familiares. Quando íamos ao Norte, ficava tão contente que ia duas horas e meia com a almofada na cabeça, a esconder-se. Ele arranja um objecto que o ligue às pessoas em vez de estar com elas. Não é que não goste delas, mas é a maneira que ele encontra para manifestar a sua emoção", conta.
Ainda assim, admite que a vergonha ainda predomina em algumas famílias. "Há muitos pais que negam a doença, que preferem não dizer, que têm a esperança que o filho se cure. Acho que todos devem saber o mais depressa possível para os poder ajudar. Eu gostaria de ensinar a minha família para saberem como podem ajudar."
PERFIL
Manuel tem 11 anos e uma grande alegria de viver. Está no centro ABCReal da Costa de Caparica desde Fevereiro. Apesar de ter tido uma evolução lenta, já adquiriu a capacidade de resposta ‘sim/não’ e melhorou a comunicação. Em Setembro frequentará o 3.º Ciclo.
PORTUGAL TEM 65 MIL MENORES AUTISTAS
Estima-se que em Portugal sejam cerca de 65 mil as crianças autistas, número sobreavaliado segundo Carlos França, director do centro ABCReal Portugal, o primeiro pólo português vocacionado para a Análise Comportamental Aplicada (ABA) – um método de intervenção utilizado junto das crianças com autismo. "Penso que estamos acima das 150 mil, dado que uma criança em cada 154 mil nascimentos tem autismo. Ainda há muito desconhecimento em relação a esta doença, também motivado pelo facto dos pais terem vergonha ou por quererem proteger os seus filhos", referiu.
terça-feira, julho 14, 2009
Cirurgia às duas raparigas com paralisia cerebral "correu bem"…
14.07.2009 - 18h34 Lusa
A cirurgia às duas raparigas de 13 anos com paralisia cerebral no Hospital Egas Moniz (Lisboa) "correu bem" e os resultados serão visíveis dentro de dias, disse hoje o neurocirurgião Manuel Dominguez.
"As meninas foram operadas hoje à espasticidade [caracterizada pela rigidez muscular], correu tudo bem" e dentro de dois ou três dias vão já sentir melhorias e poder regressar à sua vida normal, adiantou o director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Egas Moniz.
A cirurgia de tratamento, que pode diminuir 92 por cento da espasticidade, consistiu na colocação de uma pequena bomba de infusão de medicamento, implantada por baixo da pele do abdómen e que irá administrar continuamente doses de medicação de forma precisa, de forma a permitir o controlo da espasticidade do doente. A bomba de infusão de medicamento implantada vai diminuir a frequência dos espasmos, dor, fadiga, aumentar a mobilidade do doente e melhorar as suas funções e actividades diárias.
Manuel Dominguez explicou que esta cirurgia não tem recobro praticamente nenhum, é apenas anestésico, e que as raparigas vão ficar internadas durante dois ou três dias apenas para acertar a dose melhor do fármaco. As estimativas apontam que oito em cada dez pessoas com paralisia cerebral têm rigidez muscular que dificulta ou impossibilita o movimento, em especial dos braços e pernas.
Os sintomas podem variar entre uma leve contracção e uma deformidade severa. A impossibilidade de controlar os músculos poderá aumentar o grau de dificuldade para realizar actividades diárias como vestir, comer, escovar os dentes ou os cabelos.
quarta-feira, julho 08, 2009
Desafio…Adivinhem!!!!!
ESTEREOGRAMAS
(CLIQUE NAS IMAGENS)
Olha só que interessante! Tenta ver as imagens escondidas na figura. Há dois métodos. Um é dirigir o olhar para um ponto entre os olhos e a imagem (visão convergente); o segundo ocorre quando se fixa um ponto além da imagem (visão divergente). Todos os desenhos são feitos para serem vistos com a visão divergente. Mas também é possível vê-los com a visão convergente, mas a informação de profundidade da figura vem ao contrário, ou seja, ela vai aparecer "aprofundada ", e não em alto relevo, como na visão divergente. Quando os olhos divergem duas vezes mais do que o necessário, vê-se uma imagem mais complexa do objecto escondido na imagem. Para que consigas ver tens que fixar bem o olhar no centro da imagem e deixar que a vista fique embaçada, desfocada... aí aparece a imagem "oculta"! Há pessoas que preferem encostar o nariz na imagem e ir-se afastando, deixando o olhar fixo no centro da imagem, sem tentar "focar". Será que consegues ver??? Acho que sim!!! Tenta, então. É lindo!!!
DIGAM O QUE APARECE!!!!!!!SE CONSEGUIREM!!!!!
sexta-feira, julho 03, 2009
Alunas criam brinquedo para criança Autista…
Um grupo de alunas do 12º ano da Escola Secundária de Santa Comba Dão (ESSCD) construíram um boneco adaptado para entregar a uma criança portadora de autismo.
"Um cão, um comando que faz de livro e uma casota, são os três brinquedos que compõem o boneco adaptado", refere José António, professor da escola ESSCD.
As alunas escolheram o tema "reabilitação cognitiva" para ao longo do terceiro período lectivo, desenvolver o boneco adaptado, na disciplina de Área de Projecto . "Escolhemos o tema reabilitação cognitiva e depois fomos falar com uma professora do Instituto Piaget para saber como podíamos explorar mais este assunto" explica Liliana Costa, uma das colaboradoras do projecto.
O brinquedo contém um circuito electrónico que é activado quando a criança carrega no botão do livro e depois o cão começa a ladrar. O som do cão vai estimular a parte motora e cerebral da criança. "Este brinquedo vai ser entregue a uma criança com autismo, mas podia ser entregue a outra criança qualquer, visto que o objectivo principal do brinquedo é estimular o desenvolvimento das crianças", esclarece Sofia Marques, outra das alunas envolvidas no projecto.
As alunas pensaram ainda em doar o brinquedo a um dos lares do concelho, mas quando tiveram conhecimento da criança que frequenta a Creche da Misericórdia nem hesitaram em lhe oferecer o boneco.
A entrega do brinquedo ainda não ocorreu porque a criança se encontra hospitalizada.