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quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Educação musical favorece aprendizado de idiomas

Se você aprendeu a tocar algum instrumento musical no passado, mas viu que não ia dar em nada e acabou desistindo, saiba que a experiência pode não ter sido uma total perda de tempo. Cientistas americanos concluíram que a música aumenta a capacidade cérebro em identificar sons e favorece o aprendizado de idiomas. A descoberta poderá ser útil para melhorar o desempenho de crianças com dislexia e autismo.

De acordo com a pesquisa da Northwestern University, em Chicago, tocar instrumentos influencia o processamento automático de informações no tronco cerebral, parte do cérebro que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a reação aos sons. "Tocar música exige a habilidade de extrair padrões relevantes, tais como o som de um instrumento, harmonia e ritmos, de um ambiente sonoro", disse Nina Kraus, líder do estudo.

Para a neurocientista, "tocar um instrumento pode ajudar os jovens a processarem melhor a fala em salas de aula barulhentas e interpretarem de forma mais acurada as nuances da linguagem que são transmitidas por mudanças sutis na voz humana". Os benefícios, segundo Nina, não se restringem ao processamento de estímulos musicais. "Descobrimos que anos de treinamento musical também podem melhorar a forma como os sons são processados para a linguagem e emoção".

APPDA – Setúbal Workshop "Jogos para leitura e escrita - aplicação prática dos jogos"

A APPDA – Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em 2005 por um grupo de pais e técnicos que consideraram indispensável a constituição de uma Associação que promova o desenvolvimento, a educação, a integração social e a participação na vida activa das pessoas com perturbações do espectro do autismo (p.e.a.), no Distrito de Setúbal.

A Associação coloca para à disposição de pais, técnicos e sociedade em geral, informações sobre:
 a problemática do autismo;
 indicações dos serviços que respondem à problemática do autismo, (diagnóstico, estratégias de intervenção, terapias, …);
 legislação de apoio às pessoas com p.e.a. e seus familiares.
A Associação dinamiza reuniões mensais de “Ajuda Mútua de Pais e Técnicos” e promove acções de sensibilização e formação sobre a problemática das perturbações do espectro autista.

PROGRAMA-

“CURRÍCULOS FUNCIONAIS NO 1º, 2º E 3º CICLOS”

09h30 – Recepção dos participantes
10h00 – Avaliação comportamental e selecção dos objectivos:
- Como estabelecer propriedades de acordo com a faixa etária e o nível de funcionamento;
- Definição de objectivos a longo e curto prazo.
10h45 – Significância Social:
- Envolvimento de todas as partes significantes da vida do indivíduo;
- Comunicação entre todos os contextos escolares;
- Consideração e utilização dos recursos escolares (aquisição e generalização).
11h30 – Coffe Break
11h45 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 1º ciclo
13h00 – Pausa para almoço
14h30 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 2º ciclo
16h00 – Intervalo
16h15 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 3º ciclo
17h30 – Encerramento

Este workshop tem como objectivo apresentar as considerações envolvidas no desenvolvimento de um currículo individualizado para crianças com necessidades educativas especiais. Os participantes aprenderão conceitos e estratégias como a análise de tarefa, “pivotal responses”, “behavioral cusps”, entre outros, que em conjunto permitem definir objectivos funcionais e adaptados, bem como implementá-los de forma eficaz e produtiva. O workshop incluirá também a possibilidade de aplicação dos conceitos teóricos apresentados, na elaboração de parte de um currículo.
Workshop "Jogos para leitura e escrita - aplicação prática dos jogos"

Data: 27 de Fevereiro de 2010
Horário: 10:00h - 17:30h
Carga horária: 6 horas
Local: Av. Cova dos Vidros, lote 2367 R/C Quinta do Conde 2975-333 Sesimbra
Preço: Sócios da APPDA-Setúbal e Estudantes - 40.00 Euros
Não sócios - 50.00 Euros

Vila Franca de Xira pioneira na luta pela igualdade

A Escola Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, foi escolhida como escola piloto para produzir um guião para a educação da igualdade e cidadania. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira estabeleceu uma parceria com a escola, que pertence ao Agrupamento Dr. Sousa Martins, para a criação de um projecto inovador a nível nacional.

O director do agrupamento sublinha que neste momento a escola é uma referência. “A nível nacional somos pioneiros”, declara. Fernando Franco lembra que existe no agrupamento ensino bilingue para alunos surdos e uma sala de ensino estruturada para alunos com o espectro do autismo. “A possibilidade de integrarmos estas crianças é extraordinária porque a igualdade não é só a igualdade de género ”.

A autarquia foi também apontada pela secretária de Estado da Igualdade como um exemplo a seguir na luta pela inclusão e pela igualdade. “Vila Franca de Xira é vanguardista e se todos os municípios seguissem este exemplo teríamos um país mais igualitário”, sublinhou Elza Pais, que lembrou ainda que a autarquia vilafranquense foi a única que manteve vivo o plano de combate à toxicodependência, que promove a inclusão dos cidadãos.

O elogio ocorreu durante a apresentação do Plano Municipal para a Igualdade, na segunda-feira, 22 de Fevereiro, na Escola Reynaldo dos Santos. Na mesma cerimónia foi também apresentado o projecto “Educação, Género e Cidadania” do Agrupamento de Escolas Dr. Sousa Martins.

A presidente da autarquia aproveitou ainda as comemorações do dia europeu da vítima de crime para destacar o combate à violência doméstica no concelho e a criação de uma associação de defesa dos homens vítimas de violência. Maria da Luz Rosinha afirmou que a medida “demonstra uma mudança de atitudes no sentido de todas as vítimas terem direito à protecção” porque “apesar de serem as mulheres as maiores vítimas de violência doméstica, há também homens, crianças e idosos”. A edil referiu ainda que a câmara tem investido muito nas questões da igualdade de oportunidades e que o plano municipal tem por objectivo colmatar as lacunas que ainda existem no concelho.

A conselheira Municipal para a Igualdade de Vila Franca de Xira, Helena Gonçalves, não se mostrou tão optimista como a secretária de Estado, mas sublinhou que o Plano Municipal para a Igualdade pretende fazer o diagnóstico e apresentar medidas concretas no sentido de combater as desigualdades no concelho. “Vila Franca de Xira segue de momento a tendência nacional. As mulheres continuam a ser as mais afectadas pelo desemprego, auferem de salários mais baixos e são as principais vítimas de violência doméstica. Mas não são as mulheres as únicas vítimas da desigualdade porque além da desigualdade de género há também a desigualdade social e cultural”, destacou.

A responsável identificou os bairros sociais como zonas de intervenção prioritária no concelho e destacou a importância do reforço dos centros comunitários e dos gabinetes locais no desenvolvimento e educação de práticas que promovem a igualdade. O Plano Municipal assenta sobre diversos eixos de intervenção, nomeadamente os imigrantes, a população idosa, a violência doméstica, a educação e formação, a saúde, a cultura e desporto e a política e a participação cívica.

Justiça da Itália condena executivos do Google por violação de privacidade

Empresa, que recorrerá, foi processada por vídeo na internet em que garoto com autismo era humilhado

7_1_imagem_google NYT, Reuters, Efe, Milão

CONDENAÇÃO - O juiz Oscar Magi no momento da sentença dada aos executivos do Google, em Milão

A Justiça italiana condenou ontem três executivos do Google por violação de privacidade. O processo foi iniciado a pedido de uma organização e do pai de um garoto com autismo que aparecia em gravação, divulgada no Google Videos em 2006, sendo humilhado por colegas.
A empresa, que vai recorrer, definiu como um ataque "assombroso" à liberdade de expressão na internet. O governo americano reagiu e alertou, em um comunicado da Embaixada dos EUA em Roma, que "internet livre é um direito humano inalienável".

Em setembro de 2006, estudantes disponibilizaram no Google Videos - semelhante ao YouTube - uma gravação de celular de um garoto com autismo sendo humilhado pelos colegas. Nas cenas, a associação Vivi Down (que auxilia pessoas com síndrome de Down) foi citada.
O pai do garoto e a instituição resolveram processar a empresa por difamação e violação de privacidade. Um tribunal de Turim absolveu quatro funcionários do Google pela primeira acusação, mas condenou três deles pela segunda. A pena estipulada são seis anos de prisão, mas a empresa vai recorrer. A ação deve continuar por alguns anos e os três condenados permanecerão em liberdade - nenhum deles vive na Itália.

O Google argumenta que retirou imediatamente o vídeo quando foi notificado do seu conteúdo e cooperou com as autoridades italianas para identificar os agressores e levá-los à Justiça. "Se empregados como eu podem ser responsabilizados criminalmente por qualquer vídeo em uma plataforma de hospedagem, mesmo sem nenhuma relação pessoal com seu conteúdo, então nossa imputabilidade é infinita", afirmou Peter Fleischer, um dos executivos condenados, chefe do conselho de privacidade do Google. "A decisão levanta questões mais amplas como a continuidade de muitas plataformas de internet que são os alicerces essenciais da liberdade de expressão na era digital."

Serviços para compartilhar vídeos na internet - como Google Videos e YouTube - costumam confiar nos usuários para notificar conteúdos potencialmente problemáticos, que são retirados quando violam os termos de adesão ao serviço. A empresa argumenta que seria impossível analisar ou editar todos os filmes antes de disponibilizá-los na internet, pois o volume de imagens é imenso.
"Estamos muito satisfeitos que alguém tenha assumido a responsabilidade", disse o advogado da Associação Vivi Down, Guido Camera. A instituição também divulgou nota em que afirma que o objetivo da ação "não era censurar a internet, mas obter uma sentença que reconhecesse a tutela dos direitos fundamentais da pessoas, entre eles o direito à privacidade".

Paolo Brini, do Movimento ScambioEtico, grupo italiano que defende a internet livre, afirmou que a decisão é injusta. "Nunca na história alguém pensou em prender um carteiro porque carregava um pacote com conteúdo ilegal."
"O direito de uma empresa não pode prevalecer sobre a dignidade de uma pessoa. Esta sentença deixa isso claro", afirmou o promotor Alfredo Robledo.

A Europa tem sido um mercado difícil para o Google. A empresa argumenta que a legislação local isenta os sites de responsabilidade pelo conteúdo enviado pelos usuários. Mas alguns especialistas acreditam que se trata de uma área nebulosa. A lei em vigor foi adotada há dez anos.

CIENTISTAS CHINESES

O gigante das buscas na internet também mantém um permanente conflito com o governo chinês - que patrocinou um ataque de hackers à empresa e mantém um sofisticado sistema de censura na internet.
Mas um levantamento divulgado hoje pela revista Nature mostra que 84% dos pesquisadores consultados no país consideram que a proibição do acesso à página do Google prejudicaria "de alguma maneira ou significativamente" seu trabalho. Cerca de 75% afirmaram usar a ferramenta como primeira opção na busca de informações. Um cientista chinês comparou a realização de pesquisas sem o Google à "vida sem eletricidade".

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Autismo em sentimentos

"No mundo da Lua...Talvez não" é um livro que que pretende acabar com alguns dos mitos sobre o autismo. Escrito por quem conhece a doença por dentro, os lucros desta obra revertem a favor da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

Eu Ana Paula Monteiro Alves suplico q façam alguma coisa por estes miudos autistas …A unidade de ensino especial de Guilhovai (ovar) precisa do vosso apoio…principalmente do Agrupamento de Escolas de Ovar…Só quem está diariamente com eles ou com outros miudos de todo o Mundo sabe do q eu estou a falar….Pensem “No Mundo da Lua?…Talvez Não”….

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Crianças com Asperger: Vítimas ou génios?

Em Portugal, há cerca de 40 mil casos diagnosticados da doença, entre crianças e jovens. Todos frequentam o ensino regular, mas muitas vezes são incompreendidos quer pelos professores quer pelos colegas.
Por serem crianças pouco sociáveis, que nunca olham nos olhos, são, algumas vezes, vítimas de “bulliyng” (violência).
Maria Piedade Monteiro é presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) e é na primeira pessoa que conta a sua experiência, pois o seu filho de 17 anos sofre desta patologia.

“Estas crianças são extraordinariamente sensíveis e alvos de «bulliyng» e é preciso chamar a atenção dos pais, dos professores e do pessoal auxiliar. A base é a incompreensão”, afirma, acrescentando que os doentes de Asperger (a forma mais ténue de autismo) se sentem muito incompreendidos.
Mas há também o outro lado. O embaixador britânico em Lisboa, Alex Ellish, tem um filho com Asperger – Alexander, de doze anos. O pai diz que agora está tudo bem, sendo o seu futuro igual ao de todos os outros rapazes: uma incógnita.
As crianças que têm Asperger são muito inteligentes e dedicam-se muito ao que gostam. Por isso, afirma a professora Alda Rodrigues, se lhes for dada essa possibilidade, podem torna-se génios nessa área.Quanto aos apoios, a APSA lamenta que sejam insuficientes, sobretudo para os doentes com mais de 16 anos, que começam a ser mais independentes.

Uma “Casa Grande” para os doentes de Asperger

A APSA continua a tentar pôr de pé um projecto de longo prazo, que servirá para acompanhar jovens e adultos com a síndrome de Asperger.
Trata-se da "Casa Grande", um edifício que está a ser recuperado num terreno cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, na zona de Benfica.
"Quero que essa casa seja a casa de cada Asperger, porque eles vão ser responsáveis pelo seu projecto. Vai ser um centro de actividades ocupacionais, um centro de formação e de emprego", explica a presidente da associação.

A "Casa Grande" terá diversas valências, como cafetaria, lavandaria, reprografia, um espaço para estudantes e uma área informática.
"Em todos estes espaços, eles podem ter formação, mas também serem empregados e é mais ou menos esse o esquema da nossa casa, que terá também uma residência temporária autónoma", adianta Piedade Monteiro.
Enquanto a "Casa Grande" não está de pé, a APSA prepara-se para, no próximo dia 23 (terça-feira), inaugurar um quiosque, no Parque da Granja, em Benfica, que servirá como "uma primeira abordagem à população" na divulgação da síndrome de Asperger.

"Einstein nunca amou" marca dia dedicado a Asperger

Dia do Asperger: Data assinalada com lançamento de livro

Dia Internacional do Asperger é hoje assinalado com o lançamento do livro «Einstein nunca amou», do professor José Eduardo Carvalho, cujas receitas revertem na íntegra para a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA).

De acordo com a presidente da APSA, Maria Piedade Monteiro, o próprio autor contactou a APSA e disse fazer questão de que os direitos de autor do seu livro revertessem para a associação.

A apresentação do livro vai ser feita pela jornalista Laurinda Alves às 17:00, na Sociedade de Geografia, em Lisboa, adiantou Maria Piedade Monteiro.

Diário Digital / Lusa

Assinala-se hoje o Dia Internacional do Asperger

Assinala-se hoje o Dia Internacional do Asperger

Trata-se de uma disfunção neurocomportamental da família do autismo, que se manifesta por dificuldades na interacção social, comunicação e, até mesmo, no comportamento.

Em Portugal, existem cerca de 40 mil portadores da doença, ainda pouco conhecida e com poucos apoios por parte do Estado.
A afirmação é feita pela presidente da
Sociedade Portuguesa do Síndrome de Asperger, Maria Monteiro, que "acha inaceitável o facto da Segurança Social não contemplar verbas para as famílias que lidam com esse tipo de doença".
Maria Monteiro, em declarações à Antena 1 /Açores, diz ainda que "muitas das crianças que sofrem da doença de Asperger são incompreeendidas e até maltratadas nas escolas, alvo de violência física e psicológica, até porque, muitos professores não conhecem a respectiva problemática e não são os olhos dos meninos todos, durante o intervalo".
Noticia: Antena 1 /Açores