Páginas

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Legos ajudam a criatividade de crianças com autismo

Estudo publicado “Journal of Applied Behavioral Analysis”

4_0059

Uma nova abordagem para ajudar as crianças com transtorno do espectro de autismo a usar a criatividade através da construção de legos foi apresentada  no “Journal of Applied Behavioral Analysis”.

Muitas das crianças que sofrem de transtorno do espectro de autismo sentem-se frustradas e inconfortáveis quando lhes é pedido para interromperem actividades repetitivas e criarem algo de novo.

Para este estudo, os investigadores da University of Rochester Medical Center (URMC), em Nova Iorque, EUA, contaram com a participação de seis crianças que tinham entre seis e 10 anos. Cinco das seis crianças apresentavam comportamento restritivo, de acordo com uma escala de avaliação de comportamento preenchida pelos pais ou professores de cada participante.

A abordagem Applied Behavior Analysis (ABA), que procura entender como determinar e mudar sistematicamente um comportamento específico, foi utilizada para que as crianças brincassem com os legos de uma forma mais criativa. As crianças que inicialmente construíam repetidamente a mesma construção começaram a aventurar-se a criar novas construções com diferentes padrões ou formas.

À medida que cada criança conseguia construir uma nova estrutura, os instrutores congratulavam-na pelo sucesso do seu trabalho. No final do estudo, todos os participantes conseguiram alterar a construção de legos que estavam a trabalhar com sucesso.

Meses após as diferentes fases do estudo, os investigadores verificaram que as crianças ainda eram capazes de criar novas construções com cores e formas diferentes.

A autora principal do estudo Deborah A. Napolitano referiu, em comunicado enviado à imprensa, que “ estes resultados abrem caminho para novos estudos de intervenções que procuram melhorar as características sociais e comportamentais das pessoas com transtorno do espectro de autismo”.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Crianças com Necessidades Especiais em risco de ficar sem apoio nas escolas

Instituições em ruptura financeira à espera que o Ministério da Educação regularize as dívidas

Milhares de alunos das escolas públicas com necessidades especiais estão em risco de ficar sem apoio especializado nos próximos meses. Em causa estão as verbas que o Ministério da Educação ainda não pagou aos centros de recursos para a inclusão. As dívidas acumulam-se desde o início do ano lectivo e boa parte das instituições que asseguram o acompanhamento destas crianças nos agrupamentos escolares de todo o país estão à beira da ruptura financeira.

A Federação Portuguesa de Autismo e a Humanitas - Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - são apenas duas das organizações que alertam para o perigo de suspender a sua actividade caso o governo não regularize as dívidas até final deste ano. Só na Humanitas são pelo menos 12 as instituições com centros de recursos para a inclusão que temem não conseguir pagar já no próximo mês as despesas correntes e os salários de centenas de técnicos que acompanham 1650 crianças deficientes a estudar em todas as regiões do país, excepto no Algarve.
Não tendo ainda transferido as verbas referentes aos meses de Setembro, Outubro e Novembro, o Ministério da Educação deve já 440 mil euros às instituições federadas na Humanitas.

"A principal consequência dessa demora é a suspensão a muito curto prazo dos projectos que desenvolvemos nas escolas e que passam sobretudo pelo apoio especializado prestado por terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas ou psicólogos", explica o vice--presidente da federação, João Dias.
Na mesma situação encontram-se os dois centros de recursos para a inclusão da Federação Portuguesa de Autismo, que acompanham 250 crianças nas escolas das regiões de Lisboa e Porto. "Temos contratos para cumprir com os agrupamentos escolares, mas a sua execução depende das verbas do Ministério da Educação", esclarece a dirigente da federação, Isabel Cottinelli Telmo.

O governo concedeu este ano à federação de autismo uma verba superior a 200 mil euros e, por enquanto, a dívida do ministério ascende a 46 815 euros. Entre Setembro e Novembro, Isabel Telmo explica que usou os subsídios de Natal e de férias deste ano para pagar os salários dos técnicos, as despesas correntes e ainda os encargos com as obras que estão a decorrer na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
Porém, em 1 de Janeiro esse pé de meia estará esgotado: "Se entretanto as dívidas não forem liquidadas não temos alternativa senão suspender a nossa actividade", avisa a presidente, que, no entanto, diz acreditar na "boa vontade" das direcções regionais de educação (DRE) para sair deste impasse.

Contudo, a resolução do problema não estará dependente das cinco direcções regionais de educação. Tanto a Humanitas como a Federação Portuguesa de Autismo já questionaram diversas vezes as DRE e obtiveram repetidamente a mesma resposta. "Dizem-nos que desconhecem quando as verbas serão pagas e que a questão só poderá ser solucionada pela tutela", conta João Dias.

O mês de Novembro está a acabar e ainda "não há qualquer resposta", apesar dos "emails enviados às direcções regionais e ao secretário de Estado adjunto da Educação [Alexandre Ventura]", conta o vice-presidente da Humanitas. O i tentou ainda contactar a Federação de Cooperativas de Solidariedade Social para saber se o problema se estende às suas instituições, mas essa informação não chegou a tempo, uma vez que os dois dirigentes se encontram fora do país. O valor total da dívida e o número de instituições e crianças afectadas é outra incógnita, uma vez que o Ministério da Educação não esclareceu as dúvidas.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Halloween

051120103308

051120103310051120103316Porque nunca é demasiado tarde para divulgar as actividades realizadas na nossa sala aqui deixo o nosso Placard do Dia das Bruxas ( Halloween )

Cães ajudam no desenvolvimento das crianças autistas

cri.autistas

Um estudo recente desenvolvido por investigadores da Universidade de Montreal, no Canadá, concluiu que os cães desempenham um papel importantíssimo no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais, segundo o site Softpedia, citando um estudo publicado na revista Psiconeuroendocrinologia. Sonia Lupien, investigadora sénior, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Montreal e directora do Centro de Estudos de Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine, e os seus colegas, mediram a quantidade de cortisol presente na saliva de crianças autistas, para detectarem os níveis de stress. O corpo humano produz a hormona do cortisol em resposta ao stress, que atinge o seu pico meia hora depois do acordar e estabiliza ao longo do dia.

“Tentámos avaliar o efeito que os cães tinham no nível de stress das crianças em três momentos diferentes: antes e durante a introdução do cão e família e depois de o cão abandonar a família”, explicou Sonia Lupien. Aos pais foi-lhe pedido que preenchessem um questionário sobre o comportamento das crianças nesses três momentos, os revelaram que as crianças revelaram 33 comportamentos problemáticos antes e depois de o cão chegar à família e apenas 25 quando o cão estava com eles.

Este estudo permitiu concluir que cães devidamente treinados ajudam a diminuir os níveis de ansiedade nestas crianças e contribuem para incrementar a sua socialização. Lupien acrescentou ainda que a investigação “conclui que os cães têm um verdadeiro impacto nos níveis da hormona do stress nas crianças”.

Há várias décadas que é aconselhado às famílias com crianças autistas a terem um cão, mas este é o primeiro estudo científico que mede o impacto psicológico dos cães nestas crianças.

terça-feira, outubro 26, 2010

Orçamento sobe 7% para a educação especial

O orçamento de acções previstas para a área da educação especial cresce no próximo ano cerca de 7%, o que demonstra uma "forte aposta" do Governo, disse o secretário de Estado Adjunto, no Parlamento. De acordo com Alexandre Ventura, o investimento reflecte-se de "uma maneira muito clara" quer ao nível das instituições de educação especial, quer ao nível dos apoios que esta área requer dos investimentos nas escolas da rede pública.

"Há uma clara e manifesta decisão da parte do Ministério da Educação de investir nesta área", garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Educação, que hoje, quarta-feira, apresentou os números na comissão parlamentar. Em relação ao ano lectivo anterior, mantém-se o mesmo número de escolas para alunos surdos (20) e de escolas de referência para alunos cegos e de baixa visão (52), mas aumenta o número de alunos tanto num caso como noutro, devido a uma optimização dos recursos, disse Alexandre Ventura.

"Quanto às unidades de apoio especializado a alunos com autismo, passamos de 187 a 231 no ano em curso", indicou. Relativamente a unidades de apoio especializado a alunos com multideficiência passaram de 292 para 320. 

Mantêm-se 74 centros de recursos para a inclusão, bem como o respectivo volume de financiamento destes apoios que existem desde Setembro de 2009 com recurso à experiência de instituições privadas.

 "Apoiam 13.536 alunos que estão nas escolas públicas com a sua experiência", afirmou o secretário de Estado, explicando que estes técnicos dos centros de recursos para a inclusão se dirigem às escolas da rede pública para apoiar as crianças com necessidades educativas especiais. O secretário de Estado sublinhou também que em termos dos docentes em estabelecimentos públicos alocados a esta área específica passaram de 4779 para 6225, actualmente envolvidos na educação especial. "Em termos de alunos apoiávamos 25.029 e agora apoiamos 33.186 alunos", acrescentou.

Alexandre Ventura apontou também um crescimento significativo, indicando que os docentes afectados às unidades especializadas passaram de 686 para 955 este ano. Já o número de educadores destacados para a intervenção precoce mantém-se em 500.

De acordo com o secretário de Estado, os técnicos neste domínio, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, fisioterapeutas, formadores e intérpretes de linguagem gestual portuguesa passaram de 1289 para 1300, enquanto os assistentes operacionais passaram de 700 para 714.

Alexandre Ventura reafirmou a aposta do Ministério da Educação neste domínio e lembrou que o Governo encomendou um estudo para acompanhar as medidas no terreno que estará concluído em Dezembro e apresentará recomendações para a melhoria do sistema.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Asperger: Síndrome afecta crianças e adultos, sobretudo do sexo masculino

40 mil em Portugal- Notícia Correio da Manhã

Expressões como "o gato comeu-te a língua" ou "ter o rei na barriga". Metáforas, anedotas e entoações. O contacto olhos nos olhos. Expressões faciais de medo, de alegria ou espanto. O que para a maioria das pessoas é evidente e lógico pode gerar algumas confusões e equívocos a quem sofre de Síndrome de Asperger (SA).

terapia

Os ‘aspies’ – nome atribuído aos pacientes – traduzem as palavras de forma literal e são adversos à mudança. Querem ser sociáveis mas tendem a limitar a conversa a temas em que se sentem confortáveis, tais como aviões, comboios, semáforos, planetas e colecções, independentemente do interesse dos ouvintes. São hipersensíveis a sons e ruídos altos e extremamente honestos. O que representa um problema de comunicação e socialização. Para comunicar com um ‘aspie’ deve-se recorrer a frases curtas, precisas e concisas.

O Síndrome de Asperger é uma perturbação dentro do espectro do autismo que se traduz por alterações na interacção social, no uso da linguagem para a comunicação e restrição de interesses. Afecta crianças e adultos e é mais comum nos homens. É uma doença congénita, não tem cura mas o diagnóstico precoce ajuda a melhorar as competências sociais e comunicativas. Em Portugal, estima-se que cerca de quarenta mil pessoas sofram de Asperger.

O neuropediatra Nuno Lobo Antunes recorda o dia em que foi contactado por uma mãe que estranhou o facto de o filho, no berço, evitar o contacto visual e centrar a sua atenção na pulseira. Normalmente os pais percebem que os filhos são diferentes pela dificuldade de integração na sociedade e na escola, explica o especialista. Contudo, este síndrome ainda é desconhecido por muitos técnicos da área da saúde e muitas vezes é confundido com a hiperactividade ou com o défice de atenção, o que dificulta o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento.

Esta incompreensão é partilhada pela sociedade em geral, e o doente de Asperger é discriminado e vítima de agressões verbais e físicas, sobretudo no caso das crianças. Há por isso tendência para a solidão e para o isolamento.

"PORTADOR DE ASPERGER PODE TER VIDA NORMAL":  Carla Almeida, Terapeuta de Educação Especial e Reabilitação

Correio da Manhã – Quais as causas do Síndrome de Asperger?

Carla Almeida – As causas do Asperger são desconhecidas, existem muitas dúvidas e já foram realizados vários estudos nesse âmbito. Mas existe uma forte componente genética.

– Como é o tratamento?

– O tipo de tratamento depende da idade. Tem uma vertente individual em que se desenvolvem, de uma forma lúdica e em função dos interesses das crianças, as competências sociais dos pacientes. A experiência de grupo completa o tratamento. Em grupos de quatro pessoas trabalha--se a vertente comunicativa.

– É possível ter uma vida normal?

– Sim, um portador de Asperger pode ter um percurso escolar normal e tirar um curso superior, desde que a sociedade respeite os seus interesses e rentabilize as suas potencialidades.

– Qual a diferença entre Asperger e Autismo?

– No autismo pode haver um défice cognitivo (intelectual). Os doentes que sofrem de Asperger têm uma inteligência média ou, por vezes, acima da média. A outra diferença é a nível da linguagem. Os ‘aspies’ têm um vocabulário cuidado e rico, já os autistas apresentam um atraso na linguagem.

MÉTODO 'SON-RISE' EM PORTUGAL

O método ‘son-rise’, que já existe nos Estados Unidos há várias décadas, chegou finalmente a Portugal. E promete dar uma nova abordagem no tratamento do Síndrome de Asperger. Centrado na relação entre as pessoas, este método ensina a criar e a implementar programas e acções centradas nas crianças. A ideia é evitar que a criança se disperse, fornecendo-lhe estímulos para que ela se concentre na relação com o outro, seja através da fala, do olhar, do toque ou da brincadeira. De uma maneira lúdica e dinâmica, desenvolvem-se as aptidões sociais, emocionais e cognitivas das crianças ‘aspie’.

"SOCIEDADE NÃO ACEITA"

Um postal de Natal com um grafismo "pouco adulto" alertou para um problema que já se arrastava desde a infância. Os gémeos António e Pedro (nomes fictícios) eram crianças hiperactivas, precoces e bem-dispostas. Tinham um percurso regular e bom desenvolvimento. O que não levantou suspeitas. O diagnóstico foi conhecido aos 33 anos, após o alerta de uma psiquiatra amiga da família. Os gémeos tinham Síndrome de Asperger. Nesse momento, as obsessões, a vida recatada e o pouco empenho em procurar emprego fizeram sentido. A notícia caiu como uma bomba no seio familiar, que desconhecia esta patologia. "Comecei a aprender, frequentei colóquios e reuniões", diz a mãe, acrescentando que "a sociedade não está preparada para aceitar e colaborar com a diferença". Hoje com 40 anos, os gémeos recordam o momento em que foram confrontados com o diagnóstico. "Entrei naquele consultório de uma maneira e saí igual", constatou António. Já ‘Pedro assegura que "não foi difícil", porque sempre se foi mantendo informado sobre o Asperger.

Workshop “Comportamento Verbal: Linguagem e comunicação”

Workshop “Comportamento Verbal: Linguagem e comunicação”, a realizar dia 9 de Outubro, Infantário Ogá Mita, no Porto

Faça a sua inscrição através de e-mail, telefone ou fax.

A cada 5 inscrições que nos cheguem juntas, aplicamos um desconto de 5%.

aba 

Cátia Sousa
Telemóvel Geral
+ 351 931 440 197

ABA Centro de Terapias Comportamentais
Av. de Sintra, Lote 2
2750-494 Cascais
Tel. +351 214 839 313
Fax +351 214 839 315

geral@centroaba.com

Para mais informações consulte aqui : www.centroaba.com

Silva (Braga) fecha escola a cadeado reclamando um professor

A Escola Básica (EB1) da Igreja acolhe a Unidade de Autistas do Concelho de Barcelos desde o ano passado. Esta foi a moeda de troca para terem ali a leccionar quatro professores. Este ano, e após o arranque das aulas, só havia três docentes, o que motivou protestos.

“Enganados”. Este era o sentimento exteriorizado pelos pais dos alunos da escola básica da Silva, barcelos. A revolta traduzia-se numa enorme faixa de pano preto, colocada no portão principal da escola, exigindo “um professor por turma”.

“Foi-nos prometido que ao vir a unidade de autismo para cá os quatro professores iriam ser mantidos. No ano passado correu tudo muito bem, mas este ano tiraram-nos um professor”, explicou a presidente da Associação de Pais da EB1 da Igreja.

A situação apanhou de surpresa os pais dos alunos, pois nunca esperavam perder um professor, até porque, como explica Carla Cordeiro, “houve um aumento de alunos”. “Temos aqui 63 crianças, entre os quais seis autistas que estão a ser integrados no meio escolar. O primeiro ano vai juntar-se ao terceiro e a aprendizagem vai ser mais complicado, para a além de causar problemas ao professor”, referiu Carla Cordeiro, que adiantou ainda que os pais tudo fizeram para resolver a situação junto da DREN.

“Mandamos um ofício para eles mas não quiseram saber”, sublinhou a presidente da Associação de Pais da EB 1 da Igreja. Indignados com a situação da escola, os pais fecharam a cadeado o estabelecimento de ensino, o que motivou no local a presença do presidente do Agrupamento de Escolas de Lijó, Paulo Sampaio. “Vamos resolver isto a bem”, referiu o coordenador que não quis falar à reportagem do JN.

Após uma reunião no local, os pais, em assembleia espontânea, decidiram-se por deixar o referido elemento dos agrupamentos de escolas cortar o cadeado e decretar o fim do bloqueio escolar, após negociada uma reunião com a autarquia, associação de pais e um encarregado de educação que decorreu na tarde de ontem. Na reunião não foi garantida a pretensão dos pais, pelo que a situação ficou em “stand-by”. “Tratam as crianças como números. O facto de integrar a unidade de autistas já não é razão para ter quatro professores”, disse Carla Cordeiro.

Mesmo assim, após a retirada do cadeado, os pais não autorizaram a entrada dos alunos na EB1 da Igreja da freguesia de Silva, preferindo desmobilizar para casa. “Se após a reunião as nossas pretensões não forem satisfeitas, amanhã os portões da escola voltam a aparecer fechados”, alertou Fernando Miranda, pai de duas crianças que frequentam a escola de Silva. “Esta situação não é justa, pois querem reduzir aos professores e os nossos filhos é que são prejudicados. Não entendo como uma escola, ainda por cima com mais alunos do que no ano passado, tem menos um professor”, fez questão de destacar o encarregado de educação.

segunda-feira, setembro 13, 2010

CONFERÊNCIA Dr.José Luis Cuesta em Viseu

"Indicadores de qualidade de vida para pessoas com Perturb.Espectro do Autismo"

POLO DE FORMAÇÃO DA REGIÃO CENTRO / VISEU
Para Pais,Técnicos, Professores e Público em Geral
25 Setembro 2010

programa viseu programa viseu 1 Para retirar a sua folha de inscrição clique aqui:

http://www.appda-lisboa.org.pt/index.php

domingo, setembro 05, 2010

Método "Son-Rise" para tratar o autismo chega a Portugal

Portugal experimenta a partir de hoje uma nova abordagem no tratamento do autismo e também do síndrome de Asperger. O programa "Son-Rise" foi criado por pais para outros pais e também para profissionais e já existe há várias décadas nos Estados Unidos. Este método valoriza a relação entre as pessoas e consiste em ensinar a criar e implementar programas e acções centradas nas crianças, que se tornam em participantes activas. Os pais aprendem a interagir de uma forma divertida e dinâmica com os filhos, encorajando, desta forma, o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

terça-feira, agosto 31, 2010

Scanner cerebral de 15 minutos pode vir a ajudar diagnóstico de autismo, revela estudo

Um scanner cerebral de 15 minutos e que se analisa de imediato no computador pode, no futuro, ajudar a diagnosticar o autismo, uma perturbação mental difícil de definir que pode manifestar-se em vários graus. 

A técnica conseguiu bons resultados apenas em 20 homens já diagnosticados, faltando ainda ser validada em mulheres e crianças. 
A estimativa nos países desenvolvidos é que uma em cada cem pessoas (quatro homens por cada mulher) sofre de autismo, em algum grau. Quando se confirma o diagnóstico, existem tratamentos não farmacológicos que melhoram a qualidade de vida de muitos pacientes, sobretudo em crianças. 
O estudo, dirigido no Reino Unido pelo professor catedrático de psiquiatria Declan Murphy, foi publicado no Journal of Neuroscience.

A investigação - que fez uma complexa bateria de análises comportamentais e entrevistas pessoais - aproveita a acumulação de conhecimento sobre a base genética do autismo e a sua repercussão - muito ligeira - na anatomia do cérebro, como a espessura do córtex e a forma e a estrutura de regiões relacionadas com a linguagem e com o comportamento. 
Murphy acredita que este avanço vai somar-se ao protocolo actual de diagnóstico do autismo, mas que não vai substituí-lo.

«Acreditamos que este trabalho é uma prova de que o conceito funciona. Esperamos que se possa começar a aplicar no sistema nacional de saúde em um ou dois anos. Nem sequer é preciso comprar novos instrumentos, basta acrescentar um programa às máquinas de ressonância magnética. Tem muito boa relação custo-benefício», considerou Christine Ecker, investigadora deste programa.

Filme “Temple Grandin”

O diagnóstico de uma criança com autismo quase sempre coloca os pais em desespero.E do desespero,perguntam-se:o que faremos agora?O estigma e a incompreensão que cercam o autismo,o modo como a sociedade encara os portadores,indo da piedade ao escárnio,pouco contribui para deixar esses pais mais tranquilos.Porém,mais e mais pais estão se juntando em associações que procuram mutuamente desfazer o pretenso estigma do autismo,querendo dar relevo ao que é realmente o autismo:uma disfunção global do desenvolvimento que 'afeta' a percepção da realidade(entre aspas porque esse 'afeta' se refere aos que não são autistas).O autista percebe e interage com a realidade,mas só que de uma forma diversa dos 'outros'.A maneira de usar o corpo de forma diferente provoca muitas vezes deboche das outras crianças e de pessoas ignorantes.

'Temple Grandin'é a cinebiografia da mulher do mesmo nome,feita para a televisão pela HBO.Temple,nascida em 1947,foi diagnosticada com autismo aos três anos.Sua mãe,inconformada,a manda estudar em escolas regulares.Ajudada pela família e por mentores,Temple(apesar de constantemente ridicularizada na escola por colegas insensíveis),forma-se em Psicologia,tendo mestrado e doutorado em Ciência Animal.Desenvolve um grande trabalho nas redes de proteção e amparo aos autistas,além de criar formas de 'humanização' das condições de abate de animais.
Seria lugar comum dizer que o filme é uma lição de vida.É uma lição de vida pela superação,por um ser humano,de obstáculos imensos,por mostrar,que temos sim,que lutar todos os dias contra o senso comum,que obstrui a sociedade,que nos impõe tantas vezes uma venda nos olhos.Temple Grandin é uma vitoriosa,não por ser uma pessoa realizada(só),mas por ter,contra todas as expectativas,realizado seu potencial como ser humano.

Fantasticamente dirigido por Mick Jackson,'Temple Grandin' levou,entre outros o Emmy de melhor filme para a televisão,e melhor atriz parab Claire Danes.O trabalho de Danes é impactante,minucioso,um trabalho de grande atriz,procurando captar nos menores gestos,a Temple Gradin real.Merecidíssiomo prêmio para Danes,que prova que é sim,uma ótima atriz,madura,pronta para desafios como interpretar uma pessoa complexa como Temple Grandin.
Um grande filme,que nos faz questionar os 'comportamentos adquiridos',ou o 'que/quem é normal',passando pela pretensa idéia humana de sermos superiores aos animais por sermos mais inteligentes.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Nova abordagem ao autismo requer a ajuda de voluntários

Recuperar a criança autista com um intenso trabalho de chamada  ao diálogo e ao contacto com o outro é a base de um método com origem nos EUA e que um grupo de pais quer divulgar em Portugal. Eles pedem voluntários para esse intenso trabalho de estímulo.

voluntarios procuram se

A mãe da Carolina acredita que “este é o caminho para que uma criança autista se torne independente e faça as suas escolhas”. E assegura ao JN que, entre outros aspectos, muito melhorou o contacto visual que a sua filha agora já consegue estabelecer. Isso porque Susana Silva tem vindo a pôr em prática alguns dos ensinamentos colhidos do Programa Son-Rise, desenvolvido por uma associação sem fins lucrativos dos Estados Unidos.

Esse método implica que haja um espaço reservado à criança, com um trampolim, de preferência sem cama e onde os brinquedos são colocados numa estante, a uma altura só acessível com a ajuda de um adulto. A janela deve ter uma luminosidade normal e com uma cortina.

A ideia base deste método é evitar que a criança se disperse e, ao mesmo tempo, fornecer-lhe estímulos e atenção para que ela se concentre na relação com o outro, seja através da fala, do olhar ou do toque e da brincadeira.

E estas são das capacidades que mais estão ausentes no autismo, caracterizado, entre outras expressões, por alheamento do ambiente e gestos repetitivos, por vezes com auto-agressões e dificuldades no recurso à casa de banho.

Susana Silva, com o companheiro e mais alguns pais de crianças autistas da região do Porto estão a lançar a Associação “Vencer Autismo”, que tem como um dos grandes objectivos divulgar o Programa Son-Rise.

O casal foi aos EUA aprender os fundamentos desse método e já está convicto dos resultados. Asseguram que “o método não tem segredos, é simples e não se compra”. Além de ajudar à progressão da criança, referem, ajuda também os pais a lidar com situações difíceis, por exemplo, as especiais “birras” destas crianças em espaços públicos.

José Santos, o companheiro de Susana, a mãe da Carolina, e também dinamizador da “Associação Vencer Autismo”, afirma que não se trata de receitar o método às famílias, mas sim apoiá-las.

No âmbito da actividade próxima da associação, esta procurará obter fundos para ajudar em dificuldades como as dietas especiais a que muitas vezes os autistas estão sujeitos. Muitas vezes pode ser aconselhável uma dieta sem glúten nem caseína, dada a frequência de paredes intestinais permeáveis e a fixação de metais pesados como o chumbo e o mercúrio no organismo.

Ao apelo que lançaram para voluntários receberam cerca de 15 respostas de todo o país, o que, segundo Susana Silva, “abre espaço para a ajuda a famílias que entretanto estão a frequentar o curso de iniciação ao método nos EUA”. No Porto há três famílias a aplicá-lo.

O interlocutor adulto nesta chamada à realidade da criança autista deve ?interessar-se pelo que a criança está a fazer, não a julgar e festejar sempre que ela se esforça por entrar em contacto?, nomeadamente através do olhar. Tudo através de muita preserverança, em longas sessões que os pais, por tarefas profissionais e limites de resistência, não podem garantir a tempo inteiro.

segunda-feira, junho 14, 2010

Descobertos novos genes raros do autismo

Novos genes de susceptibilidade para o autismo e variantes raras do genoma foram identificados em doentes autistas, muitos deles encontrados apenas no indivíduo e não nos pais. Os resultados constam de um estudo internacional, em que Portugal participa.

É o maior estudo jamais realizado sobre autismo e envolve cerca de mil doentes com perturbações do espectro do autismo, entre eles cerca de 300 crianças portuguesas que são seguidas no Hospital Pediátrico de Coimbra. Os novos resultados do Autism Genome Project (AGP), consórcio internacional criado em 2002 e constituído por 120 cientistas provenientes de 11 países, entre os quais Portugal, são hoje publicados na revista científica "Nature". E abrem a possibilidade de, no futuro, poder haver um diagnóstico precoce molecular do autismo.

O que os investigadores conseguiram agora identificar foi que os pacientes com autismo tendem a possuir no seu genoma mais alterações submicroscópicas - designadas Copy Number Variants (CNV's) - do que os indivíduos controlo. E que muitas destas alterações no ADN não são herdadas dos pais, mas correspondem a alterações dos cromossomas do próprio indivíduo, como acontece na Trissomia 21. As causas para o aparecimento dos CNV's não são ainda bem conhecidas, mas verifica-se que podem incluir entre um a 20 genes, parte dos quais já se sabe serem importantes no autismo ou na deficiência mental.

Outra das descobertas dos investigadores é que, enquanto isoladamente cada uma destas alterações é rara - isto é, responsável por uma fracção diminuta de casos de autismo - no seu conjunto estas variantes poderão levar à doença numa grande percentagem dos indivíduos afectados. O que acentua a convicção dos cientistas de que "existe uma enorme variabilidade genética na base do autismo", disse, ao JN, Astrid Vicente, investigadora-principal da Unidade de Investigação e Desenvolvimento de Promoção da Saúde e Doenças Crónicas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que participa neste projecto.

Num "futuro longínquo", o que estes resultados podem vir a permitir é que passe a existir um teste molecular que permita fazer um diagnóstico mais precoce do autismo, visto que actualmente o único diagnóstico que existe é comportamental. Por norma, os pais têm de esperar até aos dois/três anos para terem a certeza de que os comportamentos dos filhos correspondem a um diagnóstico de autismo.

Guiomar Oliveira, médica do Hospital Pediátrico de Coimbra que também participa no estudo, admite que esse diagnóstico possa vir a permitir "tirar dúvidas mais precocemente", mas o que aponta como mais relevante neste estudo é o facto de apontar "causas até então desconhecidas". "É um avanço enorme", diz, garantindo que "todos os dias" tem estado a encontrar respostas para casos de meninos cujo autismo não tinha qualquer explicação, o que acontecia em 80% dos casos.

Noticia –J.N.10-06-2010

terça-feira, maio 25, 2010

Britânica é acusada de matar filho autista de 11 anos

Ao ser presa, ela teria dito aos policiais que 'agora ninguém mais pode apontar o dedo para ele'.

Uma mulher britânica é acusada de matar seu filho autista de 11 anos por ter supostamente se cansado de vê-lo sendo motivo de “Gozarem”com ele na rua.

Yvonne Freaney, de 48 anos, foi presa no sábado após seu filho Glen ter sido encontrado morto em um hotel perto do aeroporto de Cardiff, no País de Gales.

Segundo a polícia, amigos e familiares haviam dado o alerta no sábado por temerem pela segurança do menino.

Os policiais teriam chegado ao hotel três minutos depois, mas Glen já estaria morto sobre a cama, com a mãe a seu lado segurando sua mão.

Corpo

Segundo a descrição da cena relatada durante uma audiência judicial na terça-feira, ela teria dito aos policiais: "Pelo menos agora ninguém mais pode ficar apontando o dedo para ele".

Acredita-se que ela tenha permanecido no hotel com o corpo do filho por dois dias.

Yvonne, que tem outros três filhos, com 14, 19 e 22 anos, teria se separado recentemente do marido.

Após a audiência, ela foi levada a uma clínica psiquiátrica, onde deve permanecer pelo menos até a próxima audiência, no dia 14 de junho.

Autismo angariou fundos na Feira do Livro de Coimbra

Na edição 2010 da Feira do Livro de Coimbra, que ontem terminou, houve por lá uma banca “diferente” de todas as outras. Não teve livros em exposição, mas lápis, molduras, dominós, entre outros. Mas, então, o que lá esteve a fazer? A exemplo do que já tem feito noutros locais da cidade, a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e do Autismo (APPDA) promoveu uma campanha de angariação de fundos para concretizar os projectos que tem em mente.

A candidatura à medida 6.12 do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) para a construção de uma residência autónoma para autistas foi aprovada e contemplada com 75 por cento do custo total, ou seja, com 150 mil euros. Agora, a APPDA está focada no amealhar de 50 mil euros para completar a verba necessária para arrancar, ainda este ano, com a obra em Cruz de Morouços, na freguesia de Santa Clara. A residência autónoma será a primeira do género em toda a região Centro.

Desde 16 de Abril, dia do início da edição deste ano da Feira do Livro, a população tem mostrado ser «solidária». «Coimbra aderiu e contribuiu», lançaram, em forma de agradecimento, Joana Pires e Daniela Santana, da APPDA de Coimbra, informando que a casa acolherá cinco residentes, já sinalizados, que durante o dia farão a sua vida normal, embora, no regresso a casa, encontrem técnicos para os apoiar. A pequena casa, adquirida pela associação, vai ser adoptada para cumprir todas as normas legais de uma residência autónoma.

A APPDA de Coimbra, que acompanha 36 pessoas, assume a existência de uma carência mais grave na região Centro: um lar residencial para grandes incapacitados, a quem pais e familiares esgotados possam confiar a vigilância e o apoio dos seus filhos com autismo. A estrutura de lar é uma ambição antiga, foi já projectada para um terreno em Travanca do Mondego, no concelho de Penacova, recebeu aprovação em termos técnicos e financeiros, mas não chegou a obter dotação de verba comunitária.

Salas estruturadas nas escolas ajudam crianças autistas

Salas estruturadas nas escolas ajudam crianças autistas

Martim tem nove anos e é autista. Uma em cada mil crianças em Portugal sofre desta síndrome, estimam os especialistas. Porém, a mãe de Martim quer que o filho seja mais que uma simples estatística e luta para que seja cada vez mais autónomo. A criança frequenta uma das 187 unidades de apoio especializado para estes alunos, dividindo o tempo com uma turma "normal" na escola no Alto de Santo Amaro, em Lisboa.

É numa sala estruturada, "estupidamente organizada" (como diz com humor a mãe, Isabel Pedroso), que Martim aprende com a professora Nélia Martins as funções básicas de interacção social e a conquista de autonomia.

Martim apenas diz algumas palavras, "mas percebe tudo". Um dos objectivos é aprender a comunicar, algo que faz através de associações. "Tem um livro com imagens dos alimentos, da casa de banho, símbolos dos jogos e outras coisas. Assim, ele diz-me o que quer fazer. Ganhou iniciativa", salienta. Aos nove anos, ainda não aprendeu o "socialmente correcto". "Vai ao supermercado e começa a arrancar as etiquetas de promoções que encontra", contou. Mas Isabel diz que ele fez progressos. "Ele era muito impaciente quando tinha de esperar para comer. Agora já sabe sentar-se à mesa, esperar, ir buscar o prato..."

Isabel sabe que o filho terá sempre uma autonomia limitada, mas nem todos os casos são assim. A professora Nélia Martins diz ter um aluno que é muito evoluído e que se continuar com um bom trabalho poderá até ter um emprego: "Ainda que terá sempre de ser acompanhado."

Mas independentemente do grau de autismo, há pontos em comum nas salas estruturadas. Quer ao nível da organização quer da rotina de aprendizagem, em que lembram salas do pré-escolar.

"Têm os espaços delineados com fitas de cor. Há a área de grupo, da música, para brincar, área do aprender e do trabalho, entre outros espaços", explica Inês Larcher, terapeuta da fala da Associação de Pais e Amigos da Criança Deficiente Mental (APPACDM) de Lisboa, formadora no método.

É na área de aprender que os alunos começam a dar os primeiros passos rumo aos objectivos. Estão apenas acompanhados pela professora e só quando esta considerar que já adquiriu os conhecimentos, o aluno passa para a de trabalho, onde terá de fazer o que aprendeu sozinho: o início da autonomia ambicionada.

"Estas crianças eram vistas como não educáveis. Com esta metodologia percebeu-se que com uma estrutura rígida é possível mais tarde o autista ganhar autonomia", disse ao DN. E como diz Nélia Martins "são os miúdos das mil vezes", ou seja, são precisas muitas repetições para se concretizar um objectivo.

"Comer, vestir, ir à casa de banho, as relações com colegas e adultos são algumas das aprendizagens por que todos passam", afirma a professora. Depois há que aprender a ler os números, emparelhar - como juntar 1+1 - e resolver pequenos problemas de matemática, entre outros exemplos. Nélia Martins explica que para todos os alunos autistas são estabelecidos objectivos, depois de analisado clinicamente, que vão sendo alterados lentamente durante a evolução.

Os autistas não reagem bem a mudanças. Precisam de um horário rígido, com tudo organizado: "Se, por exemplo, vai faltar a terapeuta da fala, eu tenho de antecipar essa situação. Não lhe posso dizer que vai ter a sessão e depois mudar, a reacção pode ser má a nível comportamental."

O ideal para estes alunos é conseguirem estar o maior tempo possível com a turma "normal", e as salas estruturadas começarem a serem vistas como "explicações". Martim ainda passa grande parte do dia na sala estruturada, mas há alunos que já inverteram a situação.

Estas unidades estruturadas têm a metodologia TEACCH, que foi desenvolvida nos anos 70 pelo norte-americano Eric Shopler e que é cada vez mais usada. Actualmente, são mais as salas estruturadas no 1.º ciclo. Porém, começaram a surgir as de 2.º e 3.º para que as crianças continuem o trabalho.

sexta-feira, maio 07, 2010

Vamos ajudar a Maria Inês!!!

A Maria Inês de 8 anos está a precisar da nossa ajuda! No passado 15 de Março foi diagnosticada uma Leucemia Mieloblástica Aguda. A Inês espera encontrar um dador compatível para transplante.

A colheita de sangue para angariação de dadores de medula óssea será efectuada no Hotel Meia Lua em Ovar no dia 6 de Junho (domingo) das 9.00h às 12.30h / 14.00h às 17.30h.A inscrição é feita no local.

Nao fique indiferente...Junte-se a esta Causa...Não espere mais tempo!

TORNE-SE  DADOR! SALVE UMA VIDA!

quinta-feira, abril 22, 2010

Workshop gestao de comportamentos desafiantes em sala de aula‏

No próximo dia 24 de Abril, decorre o Workshop de Gestão de Comportamentos Desafiantes em Sala de Aula no Centro ABA.

Pode fazer a sua inscriçao, enviando os seus dados por e-mail, fax ou correio.

Para mais informaçoes não hesite em contactar.

image003

image005

Atenciosamente,

image001

Cátia Sousa
Telemóvel Geral
+ 351 931 440 197

ABA Centro de Terapias Comportamentais
Av. de Sintra, Lote 2
2750-494 Cascais
Tel. +351 214 839 313
Fax +351 214 839 315

geral@centroaba.com

www.centroaba.com

segunda-feira, abril 12, 2010

Aprender a viver o autismo com um sorriso

Unidade do Centro Escolar de Baião comemorou o  segundo aniversário. Cinco histórias de sucesso, cinco protagonistas muito especiais

2010-03-29

JORDANA COSTA

Mais do que uma escola, a Unidade de Autismo do Centro Escolar de Baião, que comemorou dois anos de vida, é uma luz ao fundo do túnel para as cinco crianças autistas que a frequentam. Em Portugal, há 1080 meninos que recorrem a este ensino especializado.

piscina unidade de baiaoA piscina faz parte da rotina semanal da Unidade de Baião. Diogo já vai para o carro sozinho quando saber que é para ir para a escola.

Os olhos grandes e expressivos da Inês. oito anos, não deixam adivinhar que ela é um dos inúmeros rostos do autismo em Portugal. Tal como muitas das crianças que sofrem da perturbação, a Inês vive enclausurada num mundo muito seu. Gosta muito do quarto dela, de brincar e de ver os desenhos animados na televisão. "Gosta de estar sozinha", conta a mãe, Manuela Pinto.

Inês é uma das cinco crianças a frequentarem a Unidade de Autismo do Centro Escolar de Baião. Em Portugal, são apoiadas 1080 crianças autistas pelas unidades de ensino especial. Mais do que uma escola, são a esperança de que é possível alcançar um futuro melhor.

A unidade do concelho de Baião comemora este ano o segundo ano lectivo de funcionamento e a Inês foi uma das suas primeiras alunas. Desde que frequenta a escola já consegue comer sozinha, acender e apagar a luz. São estes pequenos gestos do quotidiano que transformam a menina numa heroína de palmo e meio. A Inês testemunhou a evolução do seu colega de carteira, o Diogo, também ele um pequeno herói. Apesar da dificuldade em andar, o menino meigo e sardento "já vem até ao carro sozinho quando sabe que é para ir para a escola". "Alegra-me muito", orgulha-se o pai, António Vieira.

Os dois colegas de escola são acompanhados por nove profissionais que integram a equipa da Unidade de Autismo do Centro Escolar de Baião, desde terapeutas da fala e ocupacionais até aos professores do ensino especial. Paulo Fernandes, um dos três professores, diz que acompanhar os cinco alunos "é sempre gratificante, porque sentimos que estamos a ajudar estas crianças a evoluir, a ter mais qualidade de vida e autonomia". Os sucessos são alcançados "de uma forma diária". O psicólogo e coordenador da unidade, Duarte Pacheco, concorda: "Só o facto de os alunos aprenderem a lavar os dentes, a pegar num lápis ou a fazerem um pequeno exercício já é um grande desenvolvimento".

Evolução é também uma palavra bem aplicada no caso do Samuel, um outro aluno, colega da Inês e do Diogo, que "mudou totalmente" desde que está na unidade. A mãe, Rolinda Coelho, garante que, em apenas cinco meses de escola, o menino "está mais calmo". Com oito anos, o Samuel, de sorriso fácil e doce, já está "um adulto". Se, no início do ano lectivo, não podia ver a mãe a entrar na escola que logo corria para os seus braços num pranto, hoje fica ao seu lado, calmo com a perspectiva de passar o resto do dia na escola, junto dos amigos. A unidade está situada a mais de 50 quilómetros de sua casa, pelo que o menino faz, diariamente, e tal como os seus dois colegas mais velhos, uma longa viagem de táxi até Baião. É apenas um pequeno esforço recompensado pelos obstáculos que, aos poucos, vão ultrapassando.

Estes dois colegas do Samuel, que com ele, a Inês e o Diogo, partilham a atenção dos professores, são o Ângelo e o Rui, respectivamente de 12 e 10 anos. Dos cinco, o Ângelo é o único que fala. É um comunicador nato e desde que anda na unidade até já aprendeu a ler. Mas não é esta a façanha mais extraordinária do menino. O silêncio costuma ser o esconderijo do Rui, um menino que sofre do Síndrome de Asperger e cuja comunicação verbal é, praticamente, inexistente. Contudo, sentado num muro em frente à piscina, o Rui murmura e repete as palavras do Ângelo, o seu melhor amigo. Nenhuma terapia, nenhum método de ensino poderia igualar o que esta amizade especial alcançou.

O Ângelo gosta da escola porque, segundo o próprio, "é fixe" e porque, na unidade, pode brincar com o melhor amigo. Para além das brincadeiras com o Rui, um dos momentos que mais lhe trazem felicidade é, precisamente, quando o calendário semanal marca a quinta-feira, o dia da piscina. Na unidade, cada dia da semana corresponde a uma actividade terapêutica. Começa com o dia da ginástica, à segunda-feira, e a culinária, à terça. Segue-se o dia da inclusão inversa, à quarta.

terça-feira, abril 06, 2010

Dia mundial da Consciencialização do Autismo

A campanha que foi divulgada por todo o mundo sobre o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, q era acender uma luz azul pelo Autismo ou outra coisa q pudesse ajudar por esta causa..." Um pin...Uma camisola etc""",parece q realmente deu resultado. Por isso resolvemos divulgar algumas fotos do que se passou ....

segunda-feira, abril 05, 2010

Workshop Autismo - Construir para intervir - esgotado!

Nas Perturbações do Espectro do Autismo, a intervenção atempada é fundamental para alcançar os melhores resultados e promover uma melhor qualidade de vida das crianças e famílias.  Programas de intervenção precoce estruturados, especializados e consistentes contribuem para melhorias significativas nas capacidades e comportamentos destas crianças.

Esta formação tem como objectivo oferecer respostas específicas de intervenção, com base no ensino estruturado, para serem aplicadas no contexto de infantário e/ou familiar.

Consulte o programa disponível e até breve!

O workshop está actualmente esgotado mas será reeditado no próximo ano lectivo!

sexta-feira, março 26, 2010

Dia Mundial da Consciência do Autismo

n103115089727563_4351

autismo

Na noite de 1º de abril, o prédio Empire State em NY estará acesso com luzes azuis, em conscientização sobre o dia do Autismo em 2 de abril.

Estão repassando a campanha no resto do mundo para que todas as pessoas possam acender uma luz azul em suas casas. Outros prédios por todo o país e o resto do mundo estarão acendendo luzes azuis.

Coisas que você pode fazer para ajudar na conscientização do autismo:

1 – Usar o pin azul com o desenho de uma peça de quebra cabeça durante todo o mês de abril e quando as pessoas perguntarem você pode falar sobre o autismo e o porque de você estar vestindo;

2- Mudar as fotos do orkut e perfil no twitter ou facebook com a peça azul do quebra  ou com o logo da campanha light it up: Blue e repassar para 10 amigos;

3- Digitar todos os seus emails em AZUL  e colocar o logo Light It Up Blue na assinatura durante todo o mês de abril;

4- No dia 2 de abril vestir uma peça de roupa azul, camiseta ou calça e pedir pra seus amigos, familiares ou colegas de trabalho para vestirem também, tirar fotos e repassá-las. Publicar em flickr, orkut, twitter, facebook;

5- Cozinhar um bolo com o desenho da peça de quebra-cabeça Azul, de preferência todo em azul e levar pra escola, pro trabalho e dividir com seus amigos explicando o porquê;

6- Avisar aos responsáveis de igrejas, congregações para que falem do dia em seus Cultos, Missas e Celebrações, etc.

Existem várias maneiras de participar.

Divulgue e ajude essa causa tão importante.

www.ama.org.br

segunda-feira, março 22, 2010

Abertura do novo Centro Terapeutico Intensivo para Crianças e Jovens Autistas no Porto

O Centro ABCReal Portugal Norte, após 4 meses da abertura do seu primeiro centro de intervenção no Centro Paroquial de Pousada de Saramagos (V.N.Famalicão), tem o prazer de anunciar que em parceria com o Centro Social da Paróquia da Senhora da Conceição (Pr. Marquês de Pombal, Porto), irá abrir, brevemente, o Novo Centro de Intervenção Terapêutica Intensiva para Crianças e Jovens comPerturbações de Desenvolvimento no Espectro do Autismo.

Este novo centro irá ter ao seu dispôr:

  • Sala de Terapia Intensiva de 25 horas semanais para crianças dos 2 aos 6 anos
    1. Sala de Terapia Parcial (Complementar à/e pós escola) de 10 horas semanais (4x por semana) para crianças dos 7 aos 13 anos.
    2. Programa Complementar (em casa ou em escola) de Terapia até 15 horas semanais (3 hrs diárias)

    Inscrições Abertas.

    Contactos:

    Dra. Sónia Assunção (Responsável Técnica do Centro ABCReal Portugal Norte)

    927567042 - sonia.assuncao@centroabcreal.com

    Dra. Albertina Marçal (Coordenadora Geral do Centro ABCReal Portugal)

    964042747 - a.marcal@centroabcrealcom

    www.centroabcreal.com

    quarta-feira, março 10, 2010

    Congresso Internacional

    As Docentes e a Terapeuta da Fala da Unidade de Ensino Estruturado de S/Donato/Ovar participaram este fim de semana no Congresso Internacional em Lisboa…Partilharam connosco alguns sites que achamos importante divulga los para com voçes:

    http://www.linca.org/- “linca”-( Liga de Intervenção Nutricional contra Autismo e Hiperactividade)

    http://www.greatplainslaboratory.com/home/

    DSC00169 DSC00165

    Todos a Ler!!!Dia 1 até 12 de Março

    Todos_A_Ler A Semana da Leitura é uma actividade no âmbito do Plano Nacional de Leitura que pretende celebrar o prazer de ler.

    Respondendo ao desafio do Plano Nacional de Leitura, propõe-se que no Agrupamento de Escolas de Ovar a Semana da Leitura 2010 seja um espaço de união e um tempo de partilha, com TODOS A LER.

    Com a colaboração de todos os intervenientes da comunidade educativa (educadoras, professores, alunos, funcionários, pais, Encarregados de Educação), vamos TODOS LER…na escola, na aula, na cantina, no recreio, no ginásio, na biblioteca, no polivalente…em voz alta, em voz baixa, declamando, dramatizando…partilhando emoções, sensações… empenhando-nos em tornar a leitura um bem plenamente fruído por todos.

    090320102608 Estando agendado no PAAA um conjunto de actividades de promoção da leitura, a Semana da Leitura apresenta-se como mais um pretexto para ler, trocar ideias sobre livros, partilhar leituras, cabendo a cada estabelecimento implementá-la numa diversidade de acções, no pressuposto de que para se atingir as crianças e os jovens é indispensável mobilizar os principais responsáveis pela sua educação.

    “O tempo para ler, assim como o tempo para amar, aumenta o tempo de viver.” Daniel Pennac

    A unidade de Ensino Estruturado também participou com 2 trabalhos!!!

    090320102601 090320102603

    Trabalhos de outras Escolas!!!090320102602090320102604090320102605

    quinta-feira, fevereiro 25, 2010

    Educação musical favorece aprendizado de idiomas

    Se você aprendeu a tocar algum instrumento musical no passado, mas viu que não ia dar em nada e acabou desistindo, saiba que a experiência pode não ter sido uma total perda de tempo. Cientistas americanos concluíram que a música aumenta a capacidade cérebro em identificar sons e favorece o aprendizado de idiomas. A descoberta poderá ser útil para melhorar o desempenho de crianças com dislexia e autismo.

    De acordo com a pesquisa da Northwestern University, em Chicago, tocar instrumentos influencia o processamento automático de informações no tronco cerebral, parte do cérebro que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a reação aos sons. "Tocar música exige a habilidade de extrair padrões relevantes, tais como o som de um instrumento, harmonia e ritmos, de um ambiente sonoro", disse Nina Kraus, líder do estudo.

    Para a neurocientista, "tocar um instrumento pode ajudar os jovens a processarem melhor a fala em salas de aula barulhentas e interpretarem de forma mais acurada as nuances da linguagem que são transmitidas por mudanças sutis na voz humana". Os benefícios, segundo Nina, não se restringem ao processamento de estímulos musicais. "Descobrimos que anos de treinamento musical também podem melhorar a forma como os sons são processados para a linguagem e emoção".

    APPDA – Setúbal Workshop "Jogos para leitura e escrita - aplicação prática dos jogos"

    A APPDA – Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em 2005 por um grupo de pais e técnicos que consideraram indispensável a constituição de uma Associação que promova o desenvolvimento, a educação, a integração social e a participação na vida activa das pessoas com perturbações do espectro do autismo (p.e.a.), no Distrito de Setúbal.

    A Associação coloca para à disposição de pais, técnicos e sociedade em geral, informações sobre:
     a problemática do autismo;
     indicações dos serviços que respondem à problemática do autismo, (diagnóstico, estratégias de intervenção, terapias, …);
     legislação de apoio às pessoas com p.e.a. e seus familiares.
    A Associação dinamiza reuniões mensais de “Ajuda Mútua de Pais e Técnicos” e promove acções de sensibilização e formação sobre a problemática das perturbações do espectro autista.

    PROGRAMA-

    “CURRÍCULOS FUNCIONAIS NO 1º, 2º E 3º CICLOS”

    09h30 – Recepção dos participantes
    10h00 – Avaliação comportamental e selecção dos objectivos:
    - Como estabelecer propriedades de acordo com a faixa etária e o nível de funcionamento;
    - Definição de objectivos a longo e curto prazo.
    10h45 – Significância Social:
    - Envolvimento de todas as partes significantes da vida do indivíduo;
    - Comunicação entre todos os contextos escolares;
    - Consideração e utilização dos recursos escolares (aquisição e generalização).
    11h30 – Coffe Break
    11h45 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 1º ciclo
    13h00 – Pausa para almoço
    14h30 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 2º ciclo
    16h00 – Intervalo
    16h15 – Prática: Estruturação de um currículo funcional – 3º ciclo
    17h30 – Encerramento

    Este workshop tem como objectivo apresentar as considerações envolvidas no desenvolvimento de um currículo individualizado para crianças com necessidades educativas especiais. Os participantes aprenderão conceitos e estratégias como a análise de tarefa, “pivotal responses”, “behavioral cusps”, entre outros, que em conjunto permitem definir objectivos funcionais e adaptados, bem como implementá-los de forma eficaz e produtiva. O workshop incluirá também a possibilidade de aplicação dos conceitos teóricos apresentados, na elaboração de parte de um currículo.
    Workshop "Jogos para leitura e escrita - aplicação prática dos jogos"

    Data: 27 de Fevereiro de 2010
    Horário: 10:00h - 17:30h
    Carga horária: 6 horas
    Local: Av. Cova dos Vidros, lote 2367 R/C Quinta do Conde 2975-333 Sesimbra
    Preço: Sócios da APPDA-Setúbal e Estudantes - 40.00 Euros
    Não sócios - 50.00 Euros

    Vila Franca de Xira pioneira na luta pela igualdade

    A Escola Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, foi escolhida como escola piloto para produzir um guião para a educação da igualdade e cidadania. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira estabeleceu uma parceria com a escola, que pertence ao Agrupamento Dr. Sousa Martins, para a criação de um projecto inovador a nível nacional.

    O director do agrupamento sublinha que neste momento a escola é uma referência. “A nível nacional somos pioneiros”, declara. Fernando Franco lembra que existe no agrupamento ensino bilingue para alunos surdos e uma sala de ensino estruturada para alunos com o espectro do autismo. “A possibilidade de integrarmos estas crianças é extraordinária porque a igualdade não é só a igualdade de género ”.

    A autarquia foi também apontada pela secretária de Estado da Igualdade como um exemplo a seguir na luta pela inclusão e pela igualdade. “Vila Franca de Xira é vanguardista e se todos os municípios seguissem este exemplo teríamos um país mais igualitário”, sublinhou Elza Pais, que lembrou ainda que a autarquia vilafranquense foi a única que manteve vivo o plano de combate à toxicodependência, que promove a inclusão dos cidadãos.

    O elogio ocorreu durante a apresentação do Plano Municipal para a Igualdade, na segunda-feira, 22 de Fevereiro, na Escola Reynaldo dos Santos. Na mesma cerimónia foi também apresentado o projecto “Educação, Género e Cidadania” do Agrupamento de Escolas Dr. Sousa Martins.

    A presidente da autarquia aproveitou ainda as comemorações do dia europeu da vítima de crime para destacar o combate à violência doméstica no concelho e a criação de uma associação de defesa dos homens vítimas de violência. Maria da Luz Rosinha afirmou que a medida “demonstra uma mudança de atitudes no sentido de todas as vítimas terem direito à protecção” porque “apesar de serem as mulheres as maiores vítimas de violência doméstica, há também homens, crianças e idosos”. A edil referiu ainda que a câmara tem investido muito nas questões da igualdade de oportunidades e que o plano municipal tem por objectivo colmatar as lacunas que ainda existem no concelho.

    A conselheira Municipal para a Igualdade de Vila Franca de Xira, Helena Gonçalves, não se mostrou tão optimista como a secretária de Estado, mas sublinhou que o Plano Municipal para a Igualdade pretende fazer o diagnóstico e apresentar medidas concretas no sentido de combater as desigualdades no concelho. “Vila Franca de Xira segue de momento a tendência nacional. As mulheres continuam a ser as mais afectadas pelo desemprego, auferem de salários mais baixos e são as principais vítimas de violência doméstica. Mas não são as mulheres as únicas vítimas da desigualdade porque além da desigualdade de género há também a desigualdade social e cultural”, destacou.

    A responsável identificou os bairros sociais como zonas de intervenção prioritária no concelho e destacou a importância do reforço dos centros comunitários e dos gabinetes locais no desenvolvimento e educação de práticas que promovem a igualdade. O Plano Municipal assenta sobre diversos eixos de intervenção, nomeadamente os imigrantes, a população idosa, a violência doméstica, a educação e formação, a saúde, a cultura e desporto e a política e a participação cívica.

    Justiça da Itália condena executivos do Google por violação de privacidade

    Empresa, que recorrerá, foi processada por vídeo na internet em que garoto com autismo era humilhado

    7_1_imagem_google NYT, Reuters, Efe, Milão

    CONDENAÇÃO - O juiz Oscar Magi no momento da sentença dada aos executivos do Google, em Milão

    A Justiça italiana condenou ontem três executivos do Google por violação de privacidade. O processo foi iniciado a pedido de uma organização e do pai de um garoto com autismo que aparecia em gravação, divulgada no Google Videos em 2006, sendo humilhado por colegas.
    A empresa, que vai recorrer, definiu como um ataque "assombroso" à liberdade de expressão na internet. O governo americano reagiu e alertou, em um comunicado da Embaixada dos EUA em Roma, que "internet livre é um direito humano inalienável".

    Em setembro de 2006, estudantes disponibilizaram no Google Videos - semelhante ao YouTube - uma gravação de celular de um garoto com autismo sendo humilhado pelos colegas. Nas cenas, a associação Vivi Down (que auxilia pessoas com síndrome de Down) foi citada.
    O pai do garoto e a instituição resolveram processar a empresa por difamação e violação de privacidade. Um tribunal de Turim absolveu quatro funcionários do Google pela primeira acusação, mas condenou três deles pela segunda. A pena estipulada são seis anos de prisão, mas a empresa vai recorrer. A ação deve continuar por alguns anos e os três condenados permanecerão em liberdade - nenhum deles vive na Itália.

    O Google argumenta que retirou imediatamente o vídeo quando foi notificado do seu conteúdo e cooperou com as autoridades italianas para identificar os agressores e levá-los à Justiça. "Se empregados como eu podem ser responsabilizados criminalmente por qualquer vídeo em uma plataforma de hospedagem, mesmo sem nenhuma relação pessoal com seu conteúdo, então nossa imputabilidade é infinita", afirmou Peter Fleischer, um dos executivos condenados, chefe do conselho de privacidade do Google. "A decisão levanta questões mais amplas como a continuidade de muitas plataformas de internet que são os alicerces essenciais da liberdade de expressão na era digital."

    Serviços para compartilhar vídeos na internet - como Google Videos e YouTube - costumam confiar nos usuários para notificar conteúdos potencialmente problemáticos, que são retirados quando violam os termos de adesão ao serviço. A empresa argumenta que seria impossível analisar ou editar todos os filmes antes de disponibilizá-los na internet, pois o volume de imagens é imenso.
    "Estamos muito satisfeitos que alguém tenha assumido a responsabilidade", disse o advogado da Associação Vivi Down, Guido Camera. A instituição também divulgou nota em que afirma que o objetivo da ação "não era censurar a internet, mas obter uma sentença que reconhecesse a tutela dos direitos fundamentais da pessoas, entre eles o direito à privacidade".

    Paolo Brini, do Movimento ScambioEtico, grupo italiano que defende a internet livre, afirmou que a decisão é injusta. "Nunca na história alguém pensou em prender um carteiro porque carregava um pacote com conteúdo ilegal."
    "O direito de uma empresa não pode prevalecer sobre a dignidade de uma pessoa. Esta sentença deixa isso claro", afirmou o promotor Alfredo Robledo.

    A Europa tem sido um mercado difícil para o Google. A empresa argumenta que a legislação local isenta os sites de responsabilidade pelo conteúdo enviado pelos usuários. Mas alguns especialistas acreditam que se trata de uma área nebulosa. A lei em vigor foi adotada há dez anos.

    CIENTISTAS CHINESES

    O gigante das buscas na internet também mantém um permanente conflito com o governo chinês - que patrocinou um ataque de hackers à empresa e mantém um sofisticado sistema de censura na internet.
    Mas um levantamento divulgado hoje pela revista Nature mostra que 84% dos pesquisadores consultados no país consideram que a proibição do acesso à página do Google prejudicaria "de alguma maneira ou significativamente" seu trabalho. Cerca de 75% afirmaram usar a ferramenta como primeira opção na busca de informações. Um cientista chinês comparou a realização de pesquisas sem o Google à "vida sem eletricidade".

    terça-feira, fevereiro 23, 2010

    Autismo em sentimentos

    "No mundo da Lua...Talvez não" é um livro que que pretende acabar com alguns dos mitos sobre o autismo. Escrito por quem conhece a doença por dentro, os lucros desta obra revertem a favor da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

    Eu Ana Paula Monteiro Alves suplico q façam alguma coisa por estes miudos autistas …A unidade de ensino especial de Guilhovai (ovar) precisa do vosso apoio…principalmente do Agrupamento de Escolas de Ovar…Só quem está diariamente com eles ou com outros miudos de todo o Mundo sabe do q eu estou a falar….Pensem “No Mundo da Lua?…Talvez Não”….

    quinta-feira, fevereiro 18, 2010

    Crianças com Asperger: Vítimas ou génios?

    Em Portugal, há cerca de 40 mil casos diagnosticados da doença, entre crianças e jovens. Todos frequentam o ensino regular, mas muitas vezes são incompreendidos quer pelos professores quer pelos colegas.
    Por serem crianças pouco sociáveis, que nunca olham nos olhos, são, algumas vezes, vítimas de “bulliyng” (violência).
    Maria Piedade Monteiro é presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) e é na primeira pessoa que conta a sua experiência, pois o seu filho de 17 anos sofre desta patologia.

    “Estas crianças são extraordinariamente sensíveis e alvos de «bulliyng» e é preciso chamar a atenção dos pais, dos professores e do pessoal auxiliar. A base é a incompreensão”, afirma, acrescentando que os doentes de Asperger (a forma mais ténue de autismo) se sentem muito incompreendidos.
    Mas há também o outro lado. O embaixador britânico em Lisboa, Alex Ellish, tem um filho com Asperger – Alexander, de doze anos. O pai diz que agora está tudo bem, sendo o seu futuro igual ao de todos os outros rapazes: uma incógnita.
    As crianças que têm Asperger são muito inteligentes e dedicam-se muito ao que gostam. Por isso, afirma a professora Alda Rodrigues, se lhes for dada essa possibilidade, podem torna-se génios nessa área.Quanto aos apoios, a APSA lamenta que sejam insuficientes, sobretudo para os doentes com mais de 16 anos, que começam a ser mais independentes.

    Uma “Casa Grande” para os doentes de Asperger

    A APSA continua a tentar pôr de pé um projecto de longo prazo, que servirá para acompanhar jovens e adultos com a síndrome de Asperger.
    Trata-se da "Casa Grande", um edifício que está a ser recuperado num terreno cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, na zona de Benfica.
    "Quero que essa casa seja a casa de cada Asperger, porque eles vão ser responsáveis pelo seu projecto. Vai ser um centro de actividades ocupacionais, um centro de formação e de emprego", explica a presidente da associação.

    A "Casa Grande" terá diversas valências, como cafetaria, lavandaria, reprografia, um espaço para estudantes e uma área informática.
    "Em todos estes espaços, eles podem ter formação, mas também serem empregados e é mais ou menos esse o esquema da nossa casa, que terá também uma residência temporária autónoma", adianta Piedade Monteiro.
    Enquanto a "Casa Grande" não está de pé, a APSA prepara-se para, no próximo dia 23 (terça-feira), inaugurar um quiosque, no Parque da Granja, em Benfica, que servirá como "uma primeira abordagem à população" na divulgação da síndrome de Asperger.

    "Einstein nunca amou" marca dia dedicado a Asperger