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quinta-feira, abril 07, 2011

Lançamento do Livro "Para Sempre e Mais um Dia" de Laura Costa

No passado dia 23 de Janeiro de Boticas, o átrio dos Paços do Concelho acolheu a cerimónia de apresentação do livro "Para Sempre e Mais um Dia", de Laura Costa, escritora com ligação ao concelho de Boticas, de onde o seu marido é natural. A apresentação do romance policial "Para Sempre e Mais um Dia" esteve a cargo de Manuel Cunha, que não se coibiu de tecer alguns elogios quer à obra em si, quer à escritora, aproveitando a ocasião para levantar uma "pontinha" do véu em relação ao enredo desta história que, na sua opinião, "prende a atenção do leitor desde o início, numa narrativa agradável e simples que se torna ainda mais apaixonante à medida que a autora vai desvendando os mistérios e dramas em que vivem as personagens deste livro". Resumidamente, este livro tem como personagem central uma criança portadora de síndrome de Asperger, considerado uma forma leve de autismo, a sua integração social e a forma como os pais da criança vivem quase em exclusivo para o filho. "É uma temática muito pouco retratada na literatura mundial e este romance é talvez o único do género em Portugal, uma vez que tudo o que existe acerca do autismo e do síndrome de Asperger são livros de carácter mais técnico. Esta é talvez a principal razão pela qual o livro tem sido tão bem aceite quer junto das entidades, associações e instituições que lidam com esta problemática, bem como junto das famílias onde existem crianças autistas ou portadoras do síndrome de Asperger", refere a autora do livro", revelando ainda que este livro é dedicado a uma "criança" com quem tem grande ligação e que difere da personagem principal do livro no facto de ser portadora de uma forma mais severa de autismo e não ter as aptidões especiais (como a vocação para a pintura) que tem a personagem do livro. "Para Sempre e Mais um Dia" é a segunda obra da autora, depois de "Cabo do Mundo", e, atendendo ao final da história, abre as portas para um terceiro livro, que poderá dar continuidade à narrativa e às personagens agora criadas por Laura Costa.

Vem ai mais um Workshop dia 27 de Abril 2011 no Centro ABA

Para efectuar a sua inscrição envie os seus dados pessoais (nome completo, morada, NIF, profissão, contacto telefónico, e-mail) para geral@centroaba.com ; efectue o pagamento da inscrição para o NIB: 0018 0003 1860 3712 02077 e envie o comprovativo de pagamento.

APPDA-Setúbal assinalou Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

A APPDA-Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, assinalou o dia 2 de Abril de 2011 com um encontro “Autismo: 40 anos de associativismo em Portugal – Qualidade de vida das pessoas com Perturbações do Espectro do Autismo (P.E.A.)”, com o objectivo de reflectir multidimensionalmente sobre os direitos humanos, igualdade de oportunidades e qualidade de vida das pessoas com (P.E.A.), de forma a promover uma sociedade mais inclusiva e digna, à luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
O encontro, realizado no Auditório Conde Ferreira, em Sesimbra, e com o apoio do INR, Federação Portuguesa de Autismo, Câmara Municipal de Sesimbra e Esperança Centro Hotel, teve a participação de Maria José Sobral – Presidente de Direcção da APPDA-Setúbal, Fátima Lopes – Directora do Centro Regional de Segurança Social de Setúbal, Miguel Jorge – Adjunto do Governador Civil de Setúbal, Isabel Cottinelli Telmo, Presidente da Federação Portuguesa de Autismo, Fátima Alves – Directora de Serviços da Unidade de Investigação, Formação e Desenvolvimento do INR e Coordenadora da ENDEF, José Paulo Monteiro – Neuropediatra no Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva e José Miguel Nogueira – Sociólogo e investigador na área da deficiência e membro da direcção da APPDA-Setúbal.
De salientar que se abordou a Estratégia Nacional para a Deficiência 2011-2013, a Evolução do Autismo e lançou-se o estudo: “As crianças e jovens com P.E.A. no Distrito de Setúbal, uma abordagem pelos direitos humanos e qualidade de vida” a promover pela APPDA-Setúbal, cujo objectivo se centra essencialmente sobre as dimensões da qualidade de vida, da igualdade de oportunidades e dos direitos das crianças e jovens com PEA e das suas famílias, conhecendo aproximadamente o universo de crianças e jovens com P.E.A. a residir no Distrito de Setúbal e a sua inclusão pré-escolar e escolar, através de um levantamento o mais exaustivo possível, por género e idade e a sua distribuição geográfica ao nível do concelho, (dos 0-25 anos).
Este estudo tem a ambição de se constituir como uma “ferramenta de trabalho”, cuja utilização contribua decisivamente para mitigar os problemas e os custos para as famílias identificados no diagnóstico e promover a sua capacitação para a melhoria das condições de vida, devendo estar concluído no período de 1 a 2 anos .

domingo, abril 03, 2011

Um dia de cada vez no desafio do autismo...

Um dia de cada vez no desafio do autismo. O autismo é muitas vezes incompreensível até mesmo para os que lidam todos os dias com esta doença. Para além do sofrimento, toda a ajuda é quase sempre pouca. No dia para consciencialização do autismo, a RTP foi conhecer a luta de uma mãe de um autista com 21 anos. Um exemplo de como a vida é para ser levada um dia de cada vez. Noticia RTP1

sexta-feira, abril 01, 2011

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo " Agrupamento de Escolas de Ovar"

No dia 2 de Abril de 2011 assinala-se o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo e todos estão convidados a vestir uma peça azul como forma de sensibilização e homenagem... a todas as pessoas e respectivas famílias que todos os dias vivem esta realidade, enfrentando geralmente muitas dificuldades e discriminações. Um dia pelo autismo…. Vamos todos vestir uma peça de vestuário azul! A Unidade de Ensino Estruturado de Autismo de Ovar propõe que esta actividade, em contexto escolar, seja realizada no dia 1 de Abril e não no dia 2 (sábado). Participa!

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Legos ajudam a criatividade de crianças com autismo

Estudo publicado “Journal of Applied Behavioral Analysis”

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Uma nova abordagem para ajudar as crianças com transtorno do espectro de autismo a usar a criatividade através da construção de legos foi apresentada  no “Journal of Applied Behavioral Analysis”.

Muitas das crianças que sofrem de transtorno do espectro de autismo sentem-se frustradas e inconfortáveis quando lhes é pedido para interromperem actividades repetitivas e criarem algo de novo.

Para este estudo, os investigadores da University of Rochester Medical Center (URMC), em Nova Iorque, EUA, contaram com a participação de seis crianças que tinham entre seis e 10 anos. Cinco das seis crianças apresentavam comportamento restritivo, de acordo com uma escala de avaliação de comportamento preenchida pelos pais ou professores de cada participante.

A abordagem Applied Behavior Analysis (ABA), que procura entender como determinar e mudar sistematicamente um comportamento específico, foi utilizada para que as crianças brincassem com os legos de uma forma mais criativa. As crianças que inicialmente construíam repetidamente a mesma construção começaram a aventurar-se a criar novas construções com diferentes padrões ou formas.

À medida que cada criança conseguia construir uma nova estrutura, os instrutores congratulavam-na pelo sucesso do seu trabalho. No final do estudo, todos os participantes conseguiram alterar a construção de legos que estavam a trabalhar com sucesso.

Meses após as diferentes fases do estudo, os investigadores verificaram que as crianças ainda eram capazes de criar novas construções com cores e formas diferentes.

A autora principal do estudo Deborah A. Napolitano referiu, em comunicado enviado à imprensa, que “ estes resultados abrem caminho para novos estudos de intervenções que procuram melhorar as características sociais e comportamentais das pessoas com transtorno do espectro de autismo”.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Crianças com Necessidades Especiais em risco de ficar sem apoio nas escolas

Instituições em ruptura financeira à espera que o Ministério da Educação regularize as dívidas

Milhares de alunos das escolas públicas com necessidades especiais estão em risco de ficar sem apoio especializado nos próximos meses. Em causa estão as verbas que o Ministério da Educação ainda não pagou aos centros de recursos para a inclusão. As dívidas acumulam-se desde o início do ano lectivo e boa parte das instituições que asseguram o acompanhamento destas crianças nos agrupamentos escolares de todo o país estão à beira da ruptura financeira.

A Federação Portuguesa de Autismo e a Humanitas - Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - são apenas duas das organizações que alertam para o perigo de suspender a sua actividade caso o governo não regularize as dívidas até final deste ano. Só na Humanitas são pelo menos 12 as instituições com centros de recursos para a inclusão que temem não conseguir pagar já no próximo mês as despesas correntes e os salários de centenas de técnicos que acompanham 1650 crianças deficientes a estudar em todas as regiões do país, excepto no Algarve.
Não tendo ainda transferido as verbas referentes aos meses de Setembro, Outubro e Novembro, o Ministério da Educação deve já 440 mil euros às instituições federadas na Humanitas.

"A principal consequência dessa demora é a suspensão a muito curto prazo dos projectos que desenvolvemos nas escolas e que passam sobretudo pelo apoio especializado prestado por terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas ou psicólogos", explica o vice--presidente da federação, João Dias.
Na mesma situação encontram-se os dois centros de recursos para a inclusão da Federação Portuguesa de Autismo, que acompanham 250 crianças nas escolas das regiões de Lisboa e Porto. "Temos contratos para cumprir com os agrupamentos escolares, mas a sua execução depende das verbas do Ministério da Educação", esclarece a dirigente da federação, Isabel Cottinelli Telmo.

O governo concedeu este ano à federação de autismo uma verba superior a 200 mil euros e, por enquanto, a dívida do ministério ascende a 46 815 euros. Entre Setembro e Novembro, Isabel Telmo explica que usou os subsídios de Natal e de férias deste ano para pagar os salários dos técnicos, as despesas correntes e ainda os encargos com as obras que estão a decorrer na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
Porém, em 1 de Janeiro esse pé de meia estará esgotado: "Se entretanto as dívidas não forem liquidadas não temos alternativa senão suspender a nossa actividade", avisa a presidente, que, no entanto, diz acreditar na "boa vontade" das direcções regionais de educação (DRE) para sair deste impasse.

Contudo, a resolução do problema não estará dependente das cinco direcções regionais de educação. Tanto a Humanitas como a Federação Portuguesa de Autismo já questionaram diversas vezes as DRE e obtiveram repetidamente a mesma resposta. "Dizem-nos que desconhecem quando as verbas serão pagas e que a questão só poderá ser solucionada pela tutela", conta João Dias.

O mês de Novembro está a acabar e ainda "não há qualquer resposta", apesar dos "emails enviados às direcções regionais e ao secretário de Estado adjunto da Educação [Alexandre Ventura]", conta o vice-presidente da Humanitas. O i tentou ainda contactar a Federação de Cooperativas de Solidariedade Social para saber se o problema se estende às suas instituições, mas essa informação não chegou a tempo, uma vez que os dois dirigentes se encontram fora do país. O valor total da dívida e o número de instituições e crianças afectadas é outra incógnita, uma vez que o Ministério da Educação não esclareceu as dúvidas.