Começa nesta semana o uso de mais um robô destinado a ajudar na recuperação de crianças com problemas de saúde. Neste caso, o objectivo é criar uma ferramenta adicional para desenvolver a capacidade de interação social em crianças com autismo.
Pele artificial
O robô Kaspar tem como principal característica a pele artificial, dotada de uma série inumerável de sensores tácteis destinados a dar-lhe uma "percepção" ao toque.
"As crianças com autismo têm problemas com o toque, tanto com tocar quanto com serem tocadas," diz o professor Kerstin Dautenhahn, da Universidade Hertfordshire, na Inglaterra.
Distribuindo os sensores de forma coordenada ao longo das várias partes do corpo de Kaspar, o robô conseguirá reagir aos diferentes tipos de toques feitos pelas crianças, fazendo-o emitir comentários pré-gravados que encorajem ou desencorajem novas acções do mesmo tipo.
Interação pelo toque
O objetivo é, além de incentivar as crianças à interação directa através do toque, ensinar-lhes interacções "socialmente apropriadas", que sejam agradáveis e não agressivas.
Os pesquisadores esperam que as crianças sintam-se mais à vontade para interagir com o robô do que se sentem com as pessoas. A socialização inicial com um "amigo" mais passivo poderá depois ser estendida para a interação directa com outras crianças, com a criança autista já possuindo uma educação que auxilie sua aceitação pelas outras.
O projecto do robô, incluindo a construção da pele artificial robótica, envolve seis universidades europeias e deverá durar três anos.
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