14.07.2009 - 18h34 Lusa
A cirurgia às duas raparigas de 13 anos com paralisia cerebral no Hospital Egas Moniz (Lisboa) "correu bem" e os resultados serão visíveis dentro de dias, disse hoje o neurocirurgião Manuel Dominguez.
"As meninas foram operadas hoje à espasticidade [caracterizada pela rigidez muscular], correu tudo bem" e dentro de dois ou três dias vão já sentir melhorias e poder regressar à sua vida normal, adiantou o director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Egas Moniz.
A cirurgia de tratamento, que pode diminuir 92 por cento da espasticidade, consistiu na colocação de uma pequena bomba de infusão de medicamento, implantada por baixo da pele do abdómen e que irá administrar continuamente doses de medicação de forma precisa, de forma a permitir o controlo da espasticidade do doente. A bomba de infusão de medicamento implantada vai diminuir a frequência dos espasmos, dor, fadiga, aumentar a mobilidade do doente e melhorar as suas funções e actividades diárias.
Manuel Dominguez explicou que esta cirurgia não tem recobro praticamente nenhum, é apenas anestésico, e que as raparigas vão ficar internadas durante dois ou três dias apenas para acertar a dose melhor do fármaco. As estimativas apontam que oito em cada dez pessoas com paralisia cerebral têm rigidez muscular que dificulta ou impossibilita o movimento, em especial dos braços e pernas.
Os sintomas podem variar entre uma leve contracção e uma deformidade severa. A impossibilidade de controlar os músculos poderá aumentar o grau de dificuldade para realizar actividades diárias como vestir, comer, escovar os dentes ou os cabelos.
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