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segunda-feira, maio 25, 2009

APOIO A CRIANÇAS AUTISTAS…

APOIO A CRIANÇAS AUTISTAS…

Associação quer criar centro ocupacional…

O núcleo de Leiria da Associação Portuguesa para as Perturbações e Desenvolvimento do Autismo (APPDA) está à procura de um espaço para criar um centro ocupacional para crianças que sofram desta alteração neurológica.A secretária da direcção do núcleo, Susana Noronha, com dois filhos autistas, explicou à Agência Lusa que o objectivo é que “os pais possam ter um local onde deixar as filhos e onde sabem que vai haver trabalho de continuidade após a escola”.“Muitas vezes os espaços de actividades de tempos livres colocam obstáculos em receber crianças às quais foi diagnosticado autismo”, revelou Susana Noronha.A responsável adiantou que o espaço, além de albergar a sede do núcleo da APPDA, criado há dois meses, e o centro ocupacional, quer também evoluir para lar residencial.“Pretendemos que essa valência seja uma realidade para o caso, por exemplo, de uma família ter um problema de saúde e não ter onde deixar a criança”, esclareceu.A dirigente sublinhou que a associação deseja que o centro seja de “apoio às crianças e também aos pais”, onde “possam buscar ajuda técnica profissional”, além de trocarem experiências.Oficinas de trabalho, para que crianças e jovens possam aprender um ofício e terem alguma autonomia, e colóquios nos quais pais possam aprender a melhorar a vida dos filhos estão também entre os objectivos, referiu Susana Noronha.A coordenadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria, Célia Sousa, que colabora com a associação, explicou que existem cerca de uma centena de crianças e jovens autistas em idade escolar na região de Leiria.Célia Sousa esclareceu que estes números se reportam à área entre os concelhos de Pedrógão Grande e Porto de Mós, onde funcionam dez unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com espectro de autismo, prevendo-se a abertura, no próximo ano lectivo, de mais dois.A responsável do CRID, entidade que desenvolve software na área da comunicação, considera a criação de um centro ocupacional fundamental, apontando a inexistência de apoio na região para estas crianças após o horário lectivo.“A sociedade não tem respostas para este tipo de população”, declarou Célia Sousa, referindo-se ao autismo como “uma alteração que afecta a capacidade de criança de comunicar, estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia”.Por outro lado, Célia Sousa afirmou que o centro é também “importante para os pais, para descansarem, para uma vez ou outra poderem fazer coisas como os outros”, como ir jantar ou passar um fim-de-semana de fora.“As crianças com autismo são muito exigentes”, realçou a coordenadora do CRID, centro que recebe por semana cerca de duas dezenas de utentes com autismo.

1 comentário:

  1. BOA!! ficamos a saber "mais que uma vez" que o autismo trata-se.Um autista bem "ensinado" consegue ter uma vida (com rotinas e reforços positivos no seu dia a dia) "normal".parabems as Unidades e salas de Ensino Estruturado no nosso Portugal.

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