Porque nunca é demasiado tarde para divulgar as actividades realizadas na nossa sala aqui deixo o nosso Placard do Dia das Bruxas ( Halloween )
quarta-feira, novembro 10, 2010
Halloween
Cães ajudam no desenvolvimento das crianças autistas
Um estudo recente desenvolvido por investigadores da Universidade de Montreal, no Canadá, concluiu que os cães desempenham um papel importantíssimo no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais, segundo o site Softpedia, citando um estudo publicado na revista Psiconeuroendocrinologia. Sonia Lupien, investigadora sénior, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Montreal e directora do Centro de Estudos de Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine, e os seus colegas, mediram a quantidade de cortisol presente na saliva de crianças autistas, para detectarem os níveis de stress. O corpo humano produz a hormona do cortisol em resposta ao stress, que atinge o seu pico meia hora depois do acordar e estabiliza ao longo do dia.
“Tentámos avaliar o efeito que os cães tinham no nível de stress das crianças em três momentos diferentes: antes e durante a introdução do cão e família e depois de o cão abandonar a família”, explicou Sonia Lupien. Aos pais foi-lhe pedido que preenchessem um questionário sobre o comportamento das crianças nesses três momentos, os revelaram que as crianças revelaram 33 comportamentos problemáticos antes e depois de o cão chegar à família e apenas 25 quando o cão estava com eles.
Este estudo permitiu concluir que cães devidamente treinados ajudam a diminuir os níveis de ansiedade nestas crianças e contribuem para incrementar a sua socialização. Lupien acrescentou ainda que a investigação “conclui que os cães têm um verdadeiro impacto nos níveis da hormona do stress nas crianças”.
Há várias décadas que é aconselhado às famílias com crianças autistas a terem um cão, mas este é o primeiro estudo científico que mede o impacto psicológico dos cães nestas crianças.
terça-feira, outubro 26, 2010
Orçamento sobe 7% para a educação especial
O orçamento de acções previstas para a área da educação especial cresce no próximo ano cerca de 7%, o que demonstra uma "forte aposta" do Governo, disse o secretário de Estado Adjunto, no Parlamento. De acordo com Alexandre Ventura, o investimento reflecte-se de "uma maneira muito clara" quer ao nível das instituições de educação especial, quer ao nível dos apoios que esta área requer dos investimentos nas escolas da rede pública.
"Há uma clara e manifesta decisão da parte do Ministério da Educação de investir nesta área", garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Educação, que hoje, quarta-feira, apresentou os números na comissão parlamentar. Em relação ao ano lectivo anterior, mantém-se o mesmo número de escolas para alunos surdos (20) e de escolas de referência para alunos cegos e de baixa visão (52), mas aumenta o número de alunos tanto num caso como noutro, devido a uma optimização dos recursos, disse Alexandre Ventura.
"Quanto às unidades de apoio especializado a alunos com autismo, passamos de 187 a 231 no ano em curso", indicou. Relativamente a unidades de apoio especializado a alunos com multideficiência passaram de 292 para 320.
Mantêm-se 74 centros de recursos para a inclusão, bem como o respectivo volume de financiamento destes apoios que existem desde Setembro de 2009 com recurso à experiência de instituições privadas.
"Apoiam 13.536 alunos que estão nas escolas públicas com a sua experiência", afirmou o secretário de Estado, explicando que estes técnicos dos centros de recursos para a inclusão se dirigem às escolas da rede pública para apoiar as crianças com necessidades educativas especiais. O secretário de Estado sublinhou também que em termos dos docentes em estabelecimentos públicos alocados a esta área específica passaram de 4779 para 6225, actualmente envolvidos na educação especial. "Em termos de alunos apoiávamos 25.029 e agora apoiamos 33.186 alunos", acrescentou.
Alexandre Ventura apontou também um crescimento significativo, indicando que os docentes afectados às unidades especializadas passaram de 686 para 955 este ano. Já o número de educadores destacados para a intervenção precoce mantém-se em 500.
De acordo com o secretário de Estado, os técnicos neste domínio, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, fisioterapeutas, formadores e intérpretes de linguagem gestual portuguesa passaram de 1289 para 1300, enquanto os assistentes operacionais passaram de 700 para 714.
Alexandre Ventura reafirmou a aposta do Ministério da Educação neste domínio e lembrou que o Governo encomendou um estudo para acompanhar as medidas no terreno que estará concluído em Dezembro e apresentará recomendações para a melhoria do sistema.
quarta-feira, setembro 15, 2010
Asperger: Síndrome afecta crianças e adultos, sobretudo do sexo masculino
40 mil em Portugal- Notícia Correio da Manhã
Expressões como "o gato comeu-te a língua" ou "ter o rei na barriga". Metáforas, anedotas e entoações. O contacto olhos nos olhos. Expressões faciais de medo, de alegria ou espanto. O que para a maioria das pessoas é evidente e lógico pode gerar algumas confusões e equívocos a quem sofre de Síndrome de Asperger (SA).
Os ‘aspies’ – nome atribuído aos pacientes – traduzem as palavras de forma literal e são adversos à mudança. Querem ser sociáveis mas tendem a limitar a conversa a temas em que se sentem confortáveis, tais como aviões, comboios, semáforos, planetas e colecções, independentemente do interesse dos ouvintes. São hipersensíveis a sons e ruídos altos e extremamente honestos. O que representa um problema de comunicação e socialização. Para comunicar com um ‘aspie’ deve-se recorrer a frases curtas, precisas e concisas.
O Síndrome de Asperger é uma perturbação dentro do espectro do autismo que se traduz por alterações na interacção social, no uso da linguagem para a comunicação e restrição de interesses. Afecta crianças e adultos e é mais comum nos homens. É uma doença congénita, não tem cura mas o diagnóstico precoce ajuda a melhorar as competências sociais e comunicativas. Em Portugal, estima-se que cerca de quarenta mil pessoas sofram de Asperger.
O neuropediatra Nuno Lobo Antunes recorda o dia em que foi contactado por uma mãe que estranhou o facto de o filho, no berço, evitar o contacto visual e centrar a sua atenção na pulseira. Normalmente os pais percebem que os filhos são diferentes pela dificuldade de integração na sociedade e na escola, explica o especialista. Contudo, este síndrome ainda é desconhecido por muitos técnicos da área da saúde e muitas vezes é confundido com a hiperactividade ou com o défice de atenção, o que dificulta o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento.
Esta incompreensão é partilhada pela sociedade em geral, e o doente de Asperger é discriminado e vítima de agressões verbais e físicas, sobretudo no caso das crianças. Há por isso tendência para a solidão e para o isolamento.
"PORTADOR DE ASPERGER PODE TER VIDA NORMAL": Carla Almeida, Terapeuta de Educação Especial e Reabilitação
Correio da Manhã – Quais as causas do Síndrome de Asperger?
Carla Almeida – As causas do Asperger são desconhecidas, existem muitas dúvidas e já foram realizados vários estudos nesse âmbito. Mas existe uma forte componente genética.
– Como é o tratamento?
– O tipo de tratamento depende da idade. Tem uma vertente individual em que se desenvolvem, de uma forma lúdica e em função dos interesses das crianças, as competências sociais dos pacientes. A experiência de grupo completa o tratamento. Em grupos de quatro pessoas trabalha--se a vertente comunicativa.
– É possível ter uma vida normal?
– Sim, um portador de Asperger pode ter um percurso escolar normal e tirar um curso superior, desde que a sociedade respeite os seus interesses e rentabilize as suas potencialidades.
– Qual a diferença entre Asperger e Autismo?
– No autismo pode haver um défice cognitivo (intelectual). Os doentes que sofrem de Asperger têm uma inteligência média ou, por vezes, acima da média. A outra diferença é a nível da linguagem. Os ‘aspies’ têm um vocabulário cuidado e rico, já os autistas apresentam um atraso na linguagem.
MÉTODO 'SON-RISE' EM PORTUGAL
O método ‘son-rise’, que já existe nos Estados Unidos há várias décadas, chegou finalmente a Portugal. E promete dar uma nova abordagem no tratamento do Síndrome de Asperger. Centrado na relação entre as pessoas, este método ensina a criar e a implementar programas e acções centradas nas crianças. A ideia é evitar que a criança se disperse, fornecendo-lhe estímulos para que ela se concentre na relação com o outro, seja através da fala, do olhar, do toque ou da brincadeira. De uma maneira lúdica e dinâmica, desenvolvem-se as aptidões sociais, emocionais e cognitivas das crianças ‘aspie’.
"SOCIEDADE NÃO ACEITA"
Um postal de Natal com um grafismo "pouco adulto" alertou para um problema que já se arrastava desde a infância. Os gémeos António e Pedro (nomes fictícios) eram crianças hiperactivas, precoces e bem-dispostas. Tinham um percurso regular e bom desenvolvimento. O que não levantou suspeitas. O diagnóstico foi conhecido aos 33 anos, após o alerta de uma psiquiatra amiga da família. Os gémeos tinham Síndrome de Asperger. Nesse momento, as obsessões, a vida recatada e o pouco empenho em procurar emprego fizeram sentido. A notícia caiu como uma bomba no seio familiar, que desconhecia esta patologia. "Comecei a aprender, frequentei colóquios e reuniões", diz a mãe, acrescentando que "a sociedade não está preparada para aceitar e colaborar com a diferença". Hoje com 40 anos, os gémeos recordam o momento em que foram confrontados com o diagnóstico. "Entrei naquele consultório de uma maneira e saí igual", constatou António. Já ‘Pedro assegura que "não foi difícil", porque sempre se foi mantendo informado sobre o Asperger.
Workshop “Comportamento Verbal: Linguagem e comunicação”
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Cátia Sousa
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Silva (Braga) fecha escola a cadeado reclamando um professor
A Escola Básica (EB1) da Igreja acolhe a Unidade de Autistas do Concelho de Barcelos desde o ano passado. Esta foi a moeda de troca para terem ali a leccionar quatro professores. Este ano, e após o arranque das aulas, só havia três docentes, o que motivou protestos.
“Enganados”. Este era o sentimento exteriorizado pelos pais dos alunos da escola básica da Silva, barcelos. A revolta traduzia-se numa enorme faixa de pano preto, colocada no portão principal da escola, exigindo “um professor por turma”.
“Foi-nos prometido que ao vir a unidade de autismo para cá os quatro professores iriam ser mantidos. No ano passado correu tudo muito bem, mas este ano tiraram-nos um professor”, explicou a presidente da Associação de Pais da EB1 da Igreja.
A situação apanhou de surpresa os pais dos alunos, pois nunca esperavam perder um professor, até porque, como explica Carla Cordeiro, “houve um aumento de alunos”. “Temos aqui 63 crianças, entre os quais seis autistas que estão a ser integrados no meio escolar. O primeiro ano vai juntar-se ao terceiro e a aprendizagem vai ser mais complicado, para a além de causar problemas ao professor”, referiu Carla Cordeiro, que adiantou ainda que os pais tudo fizeram para resolver a situação junto da DREN.
“Mandamos um ofício para eles mas não quiseram saber”, sublinhou a presidente da Associação de Pais da EB 1 da Igreja. Indignados com a situação da escola, os pais fecharam a cadeado o estabelecimento de ensino, o que motivou no local a presença do presidente do Agrupamento de Escolas de Lijó, Paulo Sampaio. “Vamos resolver isto a bem”, referiu o coordenador que não quis falar à reportagem do JN.
Após uma reunião no local, os pais, em assembleia espontânea, decidiram-se por deixar o referido elemento dos agrupamentos de escolas cortar o cadeado e decretar o fim do bloqueio escolar, após negociada uma reunião com a autarquia, associação de pais e um encarregado de educação que decorreu na tarde de ontem. Na reunião não foi garantida a pretensão dos pais, pelo que a situação ficou em “stand-by”. “Tratam as crianças como números. O facto de integrar a unidade de autistas já não é razão para ter quatro professores”, disse Carla Cordeiro.
Mesmo assim, após a retirada do cadeado, os pais não autorizaram a entrada dos alunos na EB1 da Igreja da freguesia de Silva, preferindo desmobilizar para casa. “Se após a reunião as nossas pretensões não forem satisfeitas, amanhã os portões da escola voltam a aparecer fechados”, alertou Fernando Miranda, pai de duas crianças que frequentam a escola de Silva. “Esta situação não é justa, pois querem reduzir aos professores e os nossos filhos é que são prejudicados. Não entendo como uma escola, ainda por cima com mais alunos do que no ano passado, tem menos um professor”, fez questão de destacar o encarregado de educação.