A morte súbita é a morte que ocorre repentinamente, sem previsão, sem sinais de trauma ou violência, em adultos e crianças. Atinge tanto pessoas sadias como doentes, de sedentários a atletas.
A Morte súbita no passado já foi atribuída de causas inexplicáveis a deuses ou maldições. Mortes repentinas que ocorriam com pessoas normais. Com a evolução da ciência e da medicina, as explicações e factores foram, aos poucos, sendo esclarecidos e ampliados.
Apesar de rara, a morte súbita é ainda inaceitável pelas pessoas e vista pelas mesmas como uma quebra injusta do ciclo natural da vida, principalmente quando envolve atletas e jovens. Raramente a Morte súbita é atribuída a um coração estruturalmente normal.
Causas
Geralmente é provocada por arritmias cardíacas que levam a uma significativa queda do desempenho cardíaco, que acarreta na falta de sangue no cérebro que, por sua vez, é muito sensível à falta de oxigénio e faz com que a pessoa perca a consciência. Essas arritmias cardíacas geralmente são bloqueios aurículo ventriculares, paragens sinusais ou taquicardia ventricular seguida de fibrilação ventricular.
A morte súbita está vinculada a alguns factores de riscos que são, ocorrência de tontura ou perda de consciência durante exercício, história familiar de morte súbita, dor torácica durante esforço e palpitações associadas e electrocardiograma anormal.
A morte súbita em crianças é mais comum nos primeiros 3 meses de vida, nesse caso, com ligação a factores hereditários ou genéticos. A morte súbita em bebés tem maior ocorrência em casos de mães fumadoras. Depois dos 6 meses de vida a morte súbita em crianças torna-se mais rara.
A morte súbita em adultos está constantemente ligada a problemas no coração e, geralmente, a patologia não é conhecida pelo seu portador, principalmente em jovens desportistas. Podem ser por excesso de actividade física, inflamatórias, degenerativas, congénitas, infecciosas, miocardite, síndrome de Marfan, uso de drogas, tóxicos, por reflexos nervosos ou a soma destes.
Outras causas também são atribuídas a síndrome Wolff-Parkinson-White, síndrome do QT longo congénito, síndrome de Brugada, hemorragia no cérebro, geralmente por aneurismas congénitos que se rompem, commotio cordis (percussão violenta no tórax causada por uma pancada brusca). Também é frequente a morte súbita ligada a cocaína ou ecstasy.
Como ocorre
Em casos de paragem cardíaca ou arritmia:
Segundos antes, a pessoa apoia-se sobre o joelho, inclinando-se até perder totalmente a consciência (se estiver de pé), ou apenas perde a consciência e tem uma morte aparente. Esses primeiros minutos são decisivos, pois a vítima ainda pode ser reanimada (ressuscitada) através de um atendimento eficaz e eficiente (necessário treino específico), desfibrilhador portátil, ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e medicamentos.
Síndrome da morte súbita do lactente (SMSL)
A síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) define-se clinicamente como a “morte repentina e inesperada de um lactente aparentemente sadio”.
Causas da SMSL
Apesar das pesquisas realizadas nos últimos anos, ainda não se tem respostas claras sobre isso. Hoje em dia pode-se reduzir os riscos, mas ainda se desconhece os mecanismos que levam à morte súbita do lactente. É uma das doenças mais desconhecidas nos nossos dias. Considera-se a síndrome como um processo causado por diversos factores, incidindo num lactente aparentemente sadio, que altera a sua respiração e conduz a sua morte inesperada enquanto dorme.
Um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, concluiu que 9 em cada 10 mães que perderam os seus bebés para a chamada SMSL ou "morte do berço" eram fumadoras.
Deve-se prestar atenção a três grupos de lactentes:
- Prematuros que apresentam apneias ou pausas prolongadas sem respirar, e a outros com displasia bronco pulmonar.
- Lactentes que apresentam uma apneia de causa desconhecida ou um episódio aparentemente letal (sensação de falta de respiração, mudanças na cor, pele avermelhada ou pálida, perda de tônus muscular ou força...).
- Irmãos posteriores ou gémeos de uma vítima da síndrome.
É recomendável que se sigam algumas recomendações que protegem as crianças da síndrome:
1- Posição de boca para cima para dormir: as crianças sadias devem dormir em posição de boca para cima. Deve-se retirar as almofadas e colchas grossas do lugar em que o bebé dorme, já que podem asfixiar o lactente.
Crianças com refluxo gastro-esofágico patológico devem dormir de lado ou de boca para baixo.
2- A criança deve estar numa atmosfera livre de fumo dos cigarros, antes do nascimento e após o mesmo.
3- A cabeça do bebé não deve ficar coberta com roupa de cama enquanto dorme. Estudos demonstram que entre 16 e 22% das crianças vítimas da morte súbita tem sua cabeça coberta por roupa de cama. É conveniente que se fixem bem os lençóis e roupas de cama, pois dessa forma o bebé tem menos possibilidade de deslocar-se para baixo da roupa de cama.
Fonte: Wikipédia e Guia Infantil
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